A experiência da diáspora negra para além da luta e do sofrimento
foto: Instagram Coexpa
Por Maria Beatriz
Em 29 de novembro aconteceu a abertura da exposição ‘Poderosa energia do amor’, na Galeria Cândido Portinari (Uerj). A mostra resgata, por meio da arte, a sensibilidade e a afetividade nas relações entre pessoas negras em diáspora.
Logo na entrada da galeria o texto de apresentação é preciso ao reivindicar o direito ao afeto ressaltando que as histórias da diáspora negra não são pautadas apenas por tragédia e sofrimento. A resistência não implica, necessariamente, dureza. Usando o termo “amores melanizados”, os curadores da exposição estabelecem a conexão entre a resistência à opressão através de outra energia. A poderosa energia do amor.
foto: Maria Betariz Nonato
Obra: Negros também amam, Viviane Laprovita e Vladimir Ventura
Ao longo da exposição saltam aos olhos as técnicas pouco convencionais utilizadas pelos artistas para retratar o amor. Um mural, feito em fita adesiva metálica e colorida, é disposto de frente para a entrada, capturando o olhar e a curiosidade de quem passa na frente da galeria.
foto: Maria Beatriz Nonato
Obra: NANCY E VILMA Para Isis e Thayná, por rOna
As diferentes técnicas de pintura e suas texturas atraem para essa espiral de entendimento e captura da delicadeza do que está posto em cada peça. Desde a arte urbana escancarada do estêncil Negros também amam- que faz parte da série de estênceis expostos nas ruas do Rio de Janeiro que inspirou a criação da mostra- ao monumento a um coração brilhoso e retalhado, tudo conta com o apoio de textos poéticos, trechos de livros e curtas-metragens que constroem a narrativa da exibição com maestria.
foto: Maria Beatriz Nonato
Obra: Sem título, 2023, por rOna
A exposição, que possui cerca de 20 obras, estreou no dia 29 de novembro e fica em cartaz até o dia 26 de janeiro. Organizada pela Coexpa Uerj em parceria com o Museu Afrodigital Rio de Janeiro, a mostra conta com a curadoria de Ana Paula Alves Ribeiro, Isaac Nicacio e Nana Rosas.
Coordenada por Diogo Santos, a exposição possui entrada gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta, das 13h às 18h.
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