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A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e saúde

Atualizado: 4 de abr.

Opções para pessoas com restrições alimentares na Uerj


Por Luciano Alves Redatora: Sofia Molinaro


“Eu venho aqui porque a comida é saudável.” A afirmação é de Erick Davi, aluno de psicologia da Uerj, na porta da cantina Tupi Lanches, uma das poucas opções para pessoas com restrições alimentares na universidade. 


Diante da necessidade de garantir opções alimentares adequadas para todos os membros da comunidade universitária, surge a importância de se oferecer informações claras e acessíveis sobre os locais disponíveis para refeições dentro do campus Maracanã da Uerj.


Foto: Luciano Alves

Banner da cantina Tupi


Glória e Jeilma, atendentes da cantina Tupi, explicam que o espaço, que fica no nono andar do bloco F do pavilhão João Lyra Filho, oferece todos os tipos de opções, inclusive para pessoas com restrições alimentares. Com o slogan “Aqui o saudável tem sabor”, a cantina oferece lanches doces e salgados com preços que variam entre R$3,50 e R$10.


Foto: Luciano Alves

Cardápio da cantina Tupi


Júlia, que é docente da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) e vegetariana, explica que vai sempre à Tupi por ter mais opções de lanche. Na hora do almoço, no entanto, opta pelas cantinas do terceiro e quinto andar, ou o restaurante universitário.


Na cantina do quinto andar, além dos salgados, há as opções de almoço vegetariano e vegano, conforme explicou Ana, a atendente do balcão. Ela avisa que a refeição não é preparada ali, e sim obtida de um fornecedor e mantida congelada. Quem quiser o almoço saudável, precisa comprar a marmita e esquentar em outro lugar. 

                      

Já no terceiro andar, há também a possibilidade de esquentar e consumir ali mesmo a refeição. Todos os atendentes das cantinas que oferecem almoço vegano e vegetariano foram unânimes em reconhecer que as alternativas são mais caras do que a versão tradicional. Dessa forma, considerando que nem ela tem um preço acessível aos estudantes, a outra saída é recorrer ao restaurante universitário.


Sobre o restaurante universitário, a biomédica da Uerj e nutricionista Andréa Maria de Oliveira afirmou que o espaço atende a quase todos dentro do ambiente universitário, incluindo aqueles com restrições. Ela acrescentou que o restaurante foi concebido, desenvolvido, e é diariamente regulado pelo Instituto de Nutrição da Uerj. “Então, não tem como duvidar da eficiência do local para todos os públicos.”, garante Andréa.


A nutricionista explicou que sempre há uma alternativa vegetariana no cardápio, mas que o vegano não fica sem opção. No caso de a proteína vegetariana ou guarnição conter algum componente de ovo ou leite, o vegano pode substituir o alimento por outros ali presentes, como os legumes e vegetais do dia, ou até mesmo aumentar a quantidade de outros alimentos que já estão no prato.


Segundo Andréa, isso não vai implicar em uma perda de nutrientes, e ela ainda diz, pela sua experiência profissional, que a maioria das pessoas adultas da comunidade com restrições alimentares sabem como devem se comportar nos lugares e situações, seja evitando ou substituindo ingredientes. 


Até mesmo em casos nos quais a restrição não é habitual ou opcional, como os vegetarianos ou veganos, e sim, por distúrbios no organismo, como os intolerantes a lactose e celíacos, é possível se alimentar bem no bandejão.


Mas, se no intervalo das aulas bater aquela fome, dá para ir à cantina Tupi. As atendentes Glória e Joilma estarão a postos. Elas conseguem dar informações nutricionais sobre tudo que é vendido, relacionando com todas as restrições e hábitos alimentares.


“Vem que tem”, convidam elas, enquanto promovem seus produtos. No caso dos salgados, oferecem opções como pastel e empadão de palmito, cachorro quente vegano, feito com carne de soja, quibe de quinoa, além das coxinhas de jaca. Também oferecem doces sem glúten e sem lactose, como a mousse vegana, feita com leite de coco, amido de mandioca e coco ralado.


Foto: Luciano Alves

Funcionárias da cantina Tupi


As atendentes da Tupi se despedem, enquanto promovem seu caldo de ervilha, que pode ser modificado de acordo com o gosto de cada cliente. Júlia, a professora da Unati, elogia os caldos e afirma que já a salvaram várias vezes quando estava doente.


Enquanto isso, chega ao balcão da cantina Diogo, professor de filosofia da Faculdade de Educação. “Vou querer esse aqui, de frango com cream cheese, e tem o mate da casa?”, pergunta , com ares de quem já é íntimo do lugar. Ao pagar, ele afirma que não tem restrições alimentares, mas que “vai ali porque é gostoso”. “Sou todo errado, gosto de carne, açúcar.” Embora pareça engraçada, a afirmação não deve ser entendida de forma absoluta, segundo a nutricionista.


Ela afirma que na alimentação não existe o certo e o errado, tem espaço para todos os gostos, restrições e hábitos. Alerta somente para o perigo dos ultraprocessados e diz que tudo deve ser dosado para se ter uma alimentação equilibrada. O importante é ter bom senso, saber os lugares aonde ir, e se respeitar na alimentação, para não apenas comer bem, mas também ter diversão, saúde e ser feliz durante o tempo passado na UERJ.


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