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Uerj e Estádio do Maracanã: os impactos dos eventos esportivos na rotina da instituição

Por Matheus Fernandes


A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, convivem há cerca de 70 anos, separados por apenas 500 metros de distância. No entanto, a proximidade entre uma das maiores instituições de ensino da América Latina e o maior estádio do Brasil gera alguns conflitos e mexe com a rotina dos estudantes. Um desafio significativo toma conta do dia a dia da universidade durante os dias de jogos, especialmente quando Flamengo e Fluminense entram em campo durante a semana.  


Foto: Reprodução/Google Maps

Entrada do Campus Maracanã. 


Com uma média de 54 mil torcedores para os jogos do Flamengo e 29 mil para os do Fluminense, a aglomeração ocasionada pelos eventos impacta diretamente cerca de 30 mil alunos que frequentam a Uerj. A coincidência de horários entre aulas e partidas tem levado ao cancelamento das atividades da Uerj; mas, quando elas permanecem, os estudantes enfrentam sérias dificuldades para chegar ou sair.


As interdições de ruas e avenidas no entorno do Maracanã e do campus também se tornam problemáticas nos dias de jogos. Uma das principais vias que conectam esses dois pontos, a Avenida Rei Pelé, é parcialmente interditada para auxiliar no fluxo de torcedores. Como solução alternativa, o trânsito é desviado para a segunda via mais importante da região, a Avenida São Francisco Xavier, que acaba ficando sobrecarregada. Isso aumenta o movimento de veículos, gerando engarrafamentos extensos, atrasos na chegada de ônibus e dificuldades para quem utiliza serviços de transporte por aplicativo, pois é necessário solicitar um veículo em locais mais distantes do estádio e da universidade.


A situação no metrô também é preocupante. Alunos relutam em usar o transporte devido a questões de segurança, especialmente em dias de jogos, quando a presença das torcidas se torna intensa. Em um clássico, por exemplo, a chegada ao metrô ao lado de torcedores rivais coloca os alunos em situação de vulnerabilidade, além de provocar atrasos significativos devido à lotação.


Foto: Michel Carvalho – Instagram.

Torcida do Flamengo durante jogo no Maracanã.


Os conflitos não se limitam ao transporte. Recentemente, notícias sobre tumultos nas proximidades do Maracanã têm gerado preocupações quanto à segurança dos alunos que precisam lidar com a agitação das torcidas. Para muitos, a única alternativa tem sido faltar às aulas, na esperança de que os professores compreendam a situação.


O dilema entre a paixão pelo futebol e o direito à educação evidencia a necessidade de soluções que garantam segurança e mobilidade tanto para os estudantes quanto para os torcedores, em uma cidade onde esporte e educação coexistem em um espaço tão reduzido.


Para planejar seu trajeto e se manter informado sobre bloqueios e outras atualizações nos dias de jogos no Maracanã, acompanhe as redes sociais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (@prefeitura_rio no Instagram e @Prefeitura_Rio no X), e do Centro de Operações Rio (COR-Rio, @operacoesrio e @OperacoesRio).

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