Uerj abre novos editais para programas de intercâmbio

A Diretoria de Cooperação Internacional (Dircint) da Uerj abriu, no início de março, dois editais para programas de mobilidade internacional de graduação. 

Por Mariana Guimarães

Foto: Keira Burton/Pexels

Com inscrições abertas até o dia 31 deste mês, o edital do intercâmbio de graduação sem bolsa oferecido pela Dircint, em parceria com a Pró-reitoria de Graduação (PR1), conta com cerca de 50 universidades conveniadas em cerca de 20 países e é aplicável para diversos cursos. O processo seletivo dura até 16 de abril e o início do intercâmbio está previsto para setembro deste ano. 

Para se candidatar, é preciso ter mais de 18 anos, ter concluído no mínimo 40% (quarenta por cento) e no máximo 80% (oitenta por cento) do total de créditos de disciplinas exigidos. Também é necessário ter CR igual ou superior ao CR médio do seu curso, proficiência na língua estrangeira, não ter participado de programa de intercâmbio por mais de 6 meses de duração e nem ter solicitado pedido de residência permanente no país de destino da mobilidade. 

Já as inscrições para o edital do intercâmbio com bolsa para a Universidade de Jena, na Alemanha, foram encerradas na última quarta-feira (20). O edital oferece a um aluno graduando do curso de Letras Português/Alemão, a oportunidade de passar um semestre na Alemanha estudando disciplinas de sua área com uma bolsa de estudos e auxílio mobilidade. 

Apesar do fim das inscrições, o edital serve como lembrete, não só aos estudantes do curso de Letras, mas a todo corpo estudantil, de que a universidade oferece oportunidades como essa. Entretanto, é necessário atenção à divulgação de informações como abertura de editais, datas, requisitos etc. É só seguir o perfil da diretoria no Instagram e ficar atento aos posts. 

Alexsander Araujo, 31 anos, doutorando do curso de pós-graduação de Ciência Política da Uerj, passou pela experiência de ser um intercambista com bolsa de estudos na Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, entre abril e outubro de 2023, e contou ao COMUNICA UERJ, com entusiasmo, como foi estudar por 6 meses em outro país com língua, pessoas e cultura diferentes. 

O estudante de doutorado conta ter sentido a angústia do diferente ao chegar ao país, o sentimento de desorientação no início e que ao passar de um certo período no intercâmbio, mais especificamente 3 meses, a saudade de casa aperta. No entanto, ele também se surpreendeu com a efetividade dos transportes públicos, a tecnologia avançada e o preço baixo da comida. Conheceu a frieza e o individualismo alemão, descobriu uma cerveja mais leve e mais barata, e fez amigos intercambistas de outros países. Teve acesso a uma universidade de nível elevado em relação à estrutura, professores excelentes e aulas em formatos diferentes do tradicional que chamaram sua atenção de forma positiva. 

Sobre xenofobia, ele diz ter sofrido, explicitamente, só uma vez ao ser confundido com um islâmico, mas que entre os jovens não costumam haver episódios de hostilidade. Porém, entre os mais velhos, não é bem assim: “A barreira da língua [não falar alemão, somente inglês] se transforma em xenofobia em um ambiente que não é jovem.”

Acrescenta ainda que acha o choque cultural importante e que perceber a dualidade dos seres humanos, que ao mesmo tempo são parecidos, mas também completamente diferentes, é delicioso e enriquecedor: “Eu voltei outra pessoa, mais maduro intelectualmente, mais responsável.” 

Alexsander finalizou pontuando que a experiência lhe acrescentou tanto no âmbito acadêmico quanto pessoal. Disse também que os alunos da Uerj devem se manter conectados com seus objetivos, interesses e possibilidades, pois a universidade oferece diversas oportunidades e devemos estar atentos a elas.