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Setembro Amarelo na Uerj: instituição aborda assunto e trabalha no combate ao suicídio

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    Comunica Uerj
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Debates sobre saúde mental marcam o mês de setembro e destacam os serviços de apoio psicológico oferecidos pela universidade.


Por: Isabella Topfer


Reprodução: Portal Gov.br

Foto promocional de campanha ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio
Foto promocional de campanha ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio

Apesar de saúde mental ser um tema relevante durante todo o ano, é no mês de setembro, considerado nacionalmente como o mês de prevenção ao suicídio, que o tema vira foco de diversas ações e palestras na Uerj e em todo o país. A conversa sobre saúde mental passa a estar “na moda”, mas os transtornos psicológicos ainda permanecem sendo alvos de preconceito e banalização. Por isso, uma abordagem respeitosa e consciente acerca do assunto torna-se foco no ambiente universitário.


As questões de saúde mental são debatidas em diversos âmbitos da sociedade, como no esporte, no mercado de trabalho e nas relações familiares. A importância do cuidado e da atenção com o tema no ambiente universitário também se mostra relevante, visto que universidades são locais que apresentam muitos desafios acadêmicos, que pressionam mental e fisicamente os estudantes. Especialmente na Uerj, a discussão se demonstra ainda mais urgente, uma vez que a universidade estadual registra a “fama” de ter um alto índice de suicídios ocorridos no campus Maracanã.

Para combater esse problema e evitar a perpetuação dessa “fama”, a Uerj oferece alguns programas e serviços em prol do bem-estar psicológico: a Unidade Docente Assistencial de Psiquiatria (UDA), do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), que oferece consultas e internações de curto período, além de atividades terapêuticas e de reintegração social; o Centro de Atenção Psicossocial (Caps/Uerj), que tem foco na reabilitação psicossocial, garantindo um acolhimento humanizado; e o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), que objetiva oferecer prática para a formação acadêmica dos estudantes do curso de psicologia, com atendimentos gratuitos também à população de fora do campus, buscando atender às demandas da comunidade.


Um exemplo de projeto atual do SPA é o grupo terapêutico COM-POR, promovido pelo Laboratório afeTAR, que fornece apoio emocional e acolhimento exclusivamente a pessoas negras. O COM-POR foi destaque, anteriormente, de uma matéria do COMUNICA.


No ano passado, foi aprovada a criação do Comitê da Política de Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Uerj (Comaps), que ficará responsável por promover debates, pesquisas, políticas e diagnósticos sobre o tema na instituição. Neste mês de setembro, o Comaps está promovendo um censo com os objetivos de avaliar a saúde mental dos alunos da graduação e aprimorar as ações de acolhimento na faculdade. Ademais, o Comitê promoveu uma conferência com o psiquiatra Flávio Kapczinski, na última quinta-feira, 11, com o tema “Saúde Mental em uma Sociedade em Transição”.


O COMUNICA conversou com o professor-adjunto da Uerj e médico do Ministério da Previdência Social Paulo Roberto Chaves Pavão, que estava presente no evento: “A saúde mental precisa sempre ser falada, devido às grandes ameaças que o mundo oferece a ela, como o avanço da extrema direita e a crise climática. Não é por acaso que temos, hoje, altos índices de suicídio e de ansiedade. Isso mostra que essa questão está altamente atrelada às condições sociais. Saúde e doença são questões políticas, que se relacionam com a cidadania. Em um momento como este, nós precisamos falar sobre isso, mas não só em ambientes especializados. Saúde mental é um assunto para falarmos na praça, na rua. Quem produz saúde mental é o cidadão.”


Bruna Rodrigues, aluna do terceiro período de psicologia, contou ao COMUNICA sobre como o tema é trabalhado em sua graduação: “A questão da saúde mental como um todo é muito abordada no curso, e essa visão, ao mesmo tempo que é humanizada, é crítica também. Não se pode falar sobre isso só em setembro. É uma questão o tempo todo, em todo lugar.”


Neste Setembro Amarelo, que marca o décimo ano desde o início da campanha, a universidade busca aumentar as conversas sobre saúde mental e normalizar o debate sobre a temática, a fim de combater estigmas e preconceitos que ainda são constantes em uma sociedade na qual os transtornos psicológicos tornam-se cada vez mais comuns.


Se precisar de apoio emocional, ligue 188, para ser atendido pelo CVV (Centro de Valorização da Vida).


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