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Saga dos uerjianos: Bem Ruim esse Transporte (BRT)

As adversidades de alunos da Uerj que utilizam esse transporte como um de seus meios de locomoção pela cidade.


Fotos: Rebeca Passos


Por: Rebeca Passos


Para quem utiliza os articulados, não é uma surpresa as estações estarem imundas, portas que não se fecham e ônibus que pegam fogo por estarem em péssimas condições. Bus Rapid Transit, ou Trânsito Rápido de Ônibus, é o significado da sigla BRT. Um ônibus que deveria proporcionar mobilidade urbana rápida e confortável, pode muito bem ser substituído por outra definição: Bem Ruim esse Transporte.


Em suas redes sociais, a Mobi-Rio e o prefeito Eduardo Paes (PSD), frequentemente postam sobre a depredação do meio de transporte, atribuindo à população a responsabilidade de manter a infraestrutura dos ônibus e das estações. Entretanto, fica difícil manter a qualidade de um transporte que não consegue cumprir suficientemente as demandas urbanas. Claro, existem aqueles que vandalizam, porém, pensem: Tem como entrar no ônibus se existem estações em que as portas não abrem? Tem como andar de portas fechadas em um ônibus lotado e sem ar-condicionado?


Recentemente, um BRT pegou fogo na estação Salvador Allende, na linha Transoeste. O motor do ônibus, que estava em péssimas condições, explodiu, causando transtorno na região. O trânsito parou e a estação ficou fechada por horas, impedindo várias pessoas em seus trajetos. Esse acontecimento, infelizmente, é comum. Uma senhora que passava pelo local durante a tragédia desabafou: “É todo dia isso, um ônibus quebrado, estações um lixo, gente caindo. Não me surpreende pegar fogo!”



A demora entre períodos de espera formam longas filas e confusão quando um “novo” articulado chega. Pessoas se empurram, abrem as portas com as mãos para conseguir embarcar, e até mesmo, são pisoteadas ao cair no vão entre o ônibus e a plataforma. A estudante Maria Eduarda Mariano disse que faz de tudo para não pegar o BRT. Ela contou, que uma vez, precisou entrelaçar o braço com duas moças para ser puxada e conseguir embarcar. Outros alunos, como Thársila Vieira, utilizam, mas passam por situações desagradáveis. A aluna nem tinha começado a pagar o telefone, quando foi assaltada dentro do ônibus.


Problemas de limpeza, insegurança, atrasos e falta de manutenção, essas são as marcas do BRT para a população carioca. O transporte que veio para agilizar a vida do cidadão tem que garantir o mínimo de dignidade ao usuário, enquanto isso não acontecer continuará sendo um Transporte Bem Ruim.


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