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QUAL A ORIGEM DA TOCHA OLÍMPICA?

 A 100 dias para o início dos Jogos, chama é acesa - entenda o porquê


Por Nuno Melo    Redatora: Camille Mello


Foto: Getty Images /2024

Solenidade de acendimento da tocha acontece no Templo de Hera, em Olímpia - berço dos Jogos



O início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 está mais próximo do que nunca, e o começo do revezamento da tocha olímpica é a maior prova disso. A menos de 100 dias para a abertura da próxima edição do maior evento esportivo do mundo, a chama foi acesa no dia 16 de abril, em cerimônia tradicional realizada na Grécia — onde tudo começou. O acender do fogo olímpico e seu trajeto até o palco dos Jogos carregam simbolismos que nos remetem à antiguidade.


Na Grécia Antiga, costumava-se manter uma tocha acesa durante as celebrações de festivais religiosos e atléticos, já que o fogo, nessas situações, representava uma conexão simbólica entre a liberdade e a resistência humana. Isso porque os gregos acreditavam que o titã Prometheus, em seu mito, ao roubar o fogo dos deuses e entregá-lo aos seres humanos, teria permitido que o homem pudesse adquirir conhecimento, tecnologia e civilização.


Esse ato desafiador, apesar de ter resultado em punições severas de Zeus, teria simbolizado a conquista da chama divina aos povos da Terra, que lhes proporcionou luz, união e a capacidade de moldar o mundo ao seu redor. E foi nesse sentido que os Jogos Olímpicos da Antiguidade, realizados no santuário de Olímpia, mantinham uma chama acesa permanentemente no Templo de Hera, berço dos Jogos, durante as competições. Os sacerdotes que cuidavam desse espaço concediam aos atletas vencedores o privilégio de transportar a tocha para abrasar o altar com a pira olímpica, simbolizando a busca pela excelência humana a partir do esporte.


Foto: Getty Images /2024

O remador grego Stéfanos Doúskos deu início ao revezamento na Grécia


Os valores simbolizados pela chama orientam o seguimento de cada edição, se adaptando ao contexto de cada sede. Do acendimento na Grécia até a cerimônia de abertura do evento, a tocha passa por locais representativos que, com o revezamento, retratam a unidade do espírito olímpico apesar das fronteiras. Nesta edição, a chama divina de Prometheus será entregue aos organizadores dos Jogos em Atenas, antes de embarcar para Marselha - importante reduto histórico e cultural do país.  


Para Paris-2024, o revezamento durará 68 dias, passando por cerca de 400 cidades francesas. O destino final é o célebre Rio Sena, na capital do país, onde acontecerá a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 26 de Julho. É estimado que 320 mil pessoas participem da atividade que inaugura o evento. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), reafirmou o significado e a aura deste elemento durante a solenidade de acendimento: “A chama olímpica que estamos acendendo hoje simboliza essa esperança por um futuro melhor, que levará o espírito olímpico das nossas raízes até Paris - que brilhará ainda mais”.

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