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  • Foto do escritorGuibsom Romão

Projeto Vozes e Cores oferece atendimento psicológico para pessoas LGBTQIA+

Atualizado: 8 de dez. de 2022

Uerj tem grupo terapêutico gratuito para integrantes da comunidade

Com um histórico cerca de 300 inscrições desde a sua fundação em 2019, o Projeto Vozes e Cores oferece, através de um grupo terapêutico, atenção à saúde mental de pessoas LGBTQIA +.


O professor Mário Felipe de Lima Carvalho, idealizador e coordenador do projeto, teve a ideia de criá-lo após notar a ausência massiva de seus alunos durante uma semana em suas aulas sobre Direitos Humanos e questões LGBTQIA+ na UFRJ. Este acontecimento ocorreu logo após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2018.


Procurando saber o motivo das ausências, o professor ouviu como justificativa o medo e o receio de seus alunos de saírem às ruas nesse período. Pessoas LGBTQIA+ estavam sofrendo agressões físicas durante e após o resultado do processo eleitoral.


Em decorrência dos episódios de agressão e do interesse acadêmico de Mário, ele organizou uma roda de conversa sobre Sofrimento Ético Político, a qual em 2019 culminou na idealização do Projeto Vozes e Cores. Além do apoio da professora Anna Uziel, supervisora de pesquisa na Uerj, obteve aprovação para o financiamento da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro). Além disso, o professor argumenta que há uma questão de saúde bem mais ampla relacionada a esse público. Mário afirma que a incidência de suicídio e adoecimento mental da população LGBTQIA+ é de 5 a 7 vezes maior do que na população cis heterossexual.


Além do grupo terapêutico, o projeto é ativo nas redes sociais, veiculando notícias e fatos culturais, políticos e de entretenimento voltados ao público LGBTQIA+. Segundo Mário, a divulgação das notícias são voltadas a esse público de maneira responsável e respeitosa, tirando o estigma de marginalização e violência. As publicações culminam em reflexões e discussões na página e até dentro do próprio grupo. As mídias sociais são geridas e idealizadas por um comunicador social atendido pelo projeto.




O grupo atende semanalmente e com uma metodologia de participação livre, não sendo obrigatória uma presença contínua. Os participantes frequentam quando têm disponibilidade ou sentem vontade. Atualmente são dois grupos, e as reuniões acontecem na quarta-feira, uma às 14h e outra às 18h.


O Projeto Vozes e Cores é um projeto de extensão vinculado a outra pesquisa do professor Mário chamado “Afetos e sofrimentos de pessoas LGBTI no cenário brasileiro contemporâneo". Financiado também pela Faperj, cujo aporte vai até setembro de 2023. Por conta disso, o professor salienta que é extremamente necessária a manutenção e incentivo em forma de projetos de extensão, ainda mais sendo na área da psicologia, que são extremamente importantes para a saúde de diversas pessoas.


Todo o projeto é composto por pessoas LGBTQIA+, sendo o professor Mário o coordenador do projeto. Há mais nove estudantes já habilitados para atender que estagiam no projeto.


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