Iniciativa promove mais acessibilidade para ferramentas educativas.
Foto: Guilherme Lima
Por Rebeca Passos
Incorporar as novas tecnologias para manter o interesse dos alunos e aumentar a eficiência do aprendizado. Esse é o objetivo do projeto de desenvolvimento de materiais educacionais abertos na área de Engenharia, que faz parte do Programa de Incentivo à Docência na Graduação (Prodocência). A iniciativa pretende inovar a realização da graduação com o ensino aberto, fornecendo material didático atualizado em qualquer lugar, de forma gratuita, e auxiliar na relação entre a sociedade e a universidade. Ele foi lançado pela primeira vez no ano passado pela Pró-reitoria de Graduação (PR-1) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e seleciona alunos bolsistas na fase inicial do curso para ajudá-los e fixá-los na universidade. O professor Antonio Garcia Lima, juntamente com uma equipe de três professores, é responsável pelo projeto. Cinco alunos bolsistas participam, sendo quatro de Engenharia e um de Comunicação Social.
Lima afirma que a ideia para o projeto surgiu da necessidade de ter acesso às informações em qualquer lugar, o que o levou a disponibilizar suas aulas na internet há mais de dez anos. Durante suas pesquisas para montar o projeto, ele descobriu que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) já havia iniciado um trabalho parecido com o seu programa: os Recursos Educacionais Abertos (REA). A Unesco os define como um movimento para democratizar a liberdade de melhorar, redistribuir, personalizar e usar ferramentas educativas sob qualquer suporte que estejam no domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo o acesso a todos.
Foto: Rebeca Passos
Guilherme Lima, professor de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), colabora no projeto na área de tecnologia audiovisual e produz vídeos educacionais baseados nos experimentos feitos pelos alunos bolsistas. Para ele, o audiovisual tem uma força muito grande na construção de representação. Quando os alunos se veem nos vídeos, se sentem mais motivados a se envolver no projeto: “O projeto é superválido e muito enriquecedor para os alunos. É uma proposta inclusiva estar disponibilizando o conteúdo num formato que seja ainda mais atraente, e que isso também fomente o interesse deles pela área que estão estudando. O projeto convoca os alunos para que possam contribuir.”
Segundo ele, os conteúdos produzidos nos laboratórios são direcionados, não apenas aos alunos de engenharia, mas a todos que desejam aprender novos conhecimentos. A possibilidade de troca humana proporciona momentos de ampliação de aprendizado.
Alana Machado é uma das bolsistas do programa desde maio de 2022. Ela enfatizou a importância das políticas de acessibilidade dentro da instituição e a necessidade crescente de debater o tema. “O que estamos fazendo hoje terá um impacto significativo nos futuros alunos da engenharia, que poderão consumir conteúdos de qualidade sem precisar gastar recursos próprios”, afirmou. A estudante demonstrou satisfação em fazer parte do programa e aprender a promover o ensino aberto, ressaltando o impacto do projeto na educação de futuros alunos.
O acesso ao conteúdo do professor Antonio Lima pode ser encontrado em seu site ou no canal Recursos Educacionais Engenharia Elétrica no YouTube.
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