Projeto de estudos antirracistas na Uerj completa 31 anos com ação no CAP
- Comunica Uerj
- há 2 dias
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ProAfro é um projeto que tem como base pensar o mundo a partir de uma visão antirracista e decolonial.
Por: Daniel Guedes
Fotos por: Daniel Guedes

Idealizado por discentes e docentes do curso de Serviço Social, o ProAfro, que completa 31 anos em 2025, esteve presente à 33ª Edição da Uerj Sem Muros. O projeto trabalha com um grupo de estudos que é pautado semanalmente através de um grupo de WhatsApp e também pelo Instagram, nos quais abordam livros voltados para temática africana e racializada. Os textos são apresentados previamente e durante as reuniões, que ocorrem uma vez por semana, eles debatem o texto e apresentam seu entendimento a respeito da temática abordada. Além disso, são promovidos eventos nos quais são apresentados filmes e palestras com convidados que promovam a ideia de igualdade racial e de gênero.
Apesar de ter nascido no Serviço Social, o ProAfro recebe alunos dos mais variados cursos, como Laura, aluna do curso de Letras que atua como bolsista do projeto há 1 ano; além dela, outras duas pessoas integram a equipe de bolsistas. Laura conta que alunos de cursos como Geografia, Letras e Relações Públicas e outros também buscam o projeto por sentirem falta de leituras que apresentem novas visões para além do espectro eurocentrista durante suas graduações. Ela reforçou que o grupo de estudos a ajudou na graduação por expandir seu repertório, além de reforçar a importância das discussões propostas e o acolhimento existente no ProAfro, pois para os participantes foi através do projeto que ela pôde falar mais sobre questões de colorismo e debater a respeito das vivências enquanto mulher negra de pele clara.
Uma das principais ações do ProAfro é o trabalho feito junto do CAP-UERJ, pelo qual foram chamados para atuar em meados de 2023, após casos de racismo entre crianças e adolescentes da escola, com apelidos e piadas de cunho racista direcionadas a alunos negros. Os professores do CAP identificaram o surgimento de um comportamento racista dentro da sala de aula e chegaram até o ProAfro com o intuito de evitar o surgimento de novos casos. Desde então, o projeto realiza ações voltadas para a educação infantil e trabalhos específicos de debate sobre racismo nas salas de aula para educar os jovens sobre os perigos das piadas racistas. A preocupação se dá também pela propagação de piadas maldosas que começam na internet e alcançam o ambiente estudantil, algo que tem se tornado rotineiro entre os jovens e que necessita de intervenção, como a realizada pelo CAP e ProAfro, para impedir que comportamentos como esse sejam normalizados na sociedade.
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