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#PersonagemUerj: Paulo Cesar Martins da Costa/Taxista

‘Cada corrida é um aprendizado que eu faço’

Assim diz Paulo César Martins, taxista, escritor e até “terapeuta” da Uerj.


Por Davi Guedes e Luciano Alves


          Foto: Davi Guedes

Paulo Cesar Martins, taxista da Uerj


Paulo Cesar Martins da Costa é taxista do ponto da Uerj próximo ao portão principal. Ao longo de seus anos de atuação profissional conheceu o rosto de vários membros da comunidade universitária e é, também, reconhecido por muitos. Paulo é conhecido pelas suas corridas de táxi, sua disponibilidade para conversar com quaisquer passageiros e por seus livros publicados.


Quando o senhor começou a trabalhar na Uerj?

Por volta de 2002. Tenho 32 anos de trabalho como taxista, com 22 de serviço pela universidade credenciado. Chego aqui às 8 horas da manhã e fico até umas 18 ou 19 horas.


Como é a sua relação com a Uerj?

A minha relação com a Uerj é muito bacana. Minha convivência com a comunidade sempre foi muito boa. Eu já aprendi muito viajando com estudantes, professores e funcionários daqui, de diversas áreas e disciplinas. Diria que cada corrida é um aprendizado novo.


O senhor tem alguma história interessante envolvendo a universidade?

Tenho diversas histórias aqui na Uerj. Eu tenho o hábito de ouvir as pessoas dentro do meu táxi e é fato que hoje em dia muitas pessoas precisam desabafar. 

Então, dentro do espaço reduzido do meu veículo, muitas pessoas se sentem à vontade para falar de determinados assuntos, sejam elas passageiros recorrentes ou de primeira viagem. Pelo fato de estarem em um ambiente diferente, com uma pessoa fora do seu vínculo social, as pessoas veem, naquele trajeto da Uerj até o seu destino, uma oportunidade de externar alguma questão importante para elas. 

Como eu gosto de ser um bom ouvinte e de conversar com as pessoas, tento sempre auxiliar esses passageiros de alguma forma. Isto já ocorreu diversas vezes, durante todos esses anos. 

As pessoas entram no carro tristes ou angustiadas por uma razão qualquer e, depois de um bate-papo, elas se sentem bem-melhor, mais animadas. Todos os passageiros têm total liberdade de falar comigo, cada um a sua maneira e, muitas vezes, aprendo com eles.


Sabemos que o senhor já escreveu alguns livros, pode falar sobre eles?

Na verdade, eu nunca tive pretensão alguma de escrever sobre algo, muito menos publicar. No entanto, através da minha relação com a comunidade uerjiana eu tive a oportunidade de conhecer uma aluna, que viajou comigo várias vezes, e que me incentivou a escrever um livro contando essas histórias já vividas por mim dentro do meu táxi. Acabou que eu escrevi dois livros no estilo de crônica. Quando completei 20 anos de trabalho, escrevi o primeiro: 20 anos de praça, crônicas de um taxista; e depois o segundo: Meu Táxi, um divã. Atualmente eles estão ou em sebos, na Estante Virtual ou na Amazon.


            Foto: Paulo Cesar

              Primeiro livro publicado


           Foto: Paulo Cesar

  Segundo livro publicado

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