Na venda e na administração, Thiago leva conhecimento a alunos e funcionários
Por Davi Guedes e Luciano Alves
Foto: Davi Guedes
Thiago Figueiroa na livraria Eduerj
Thiago Figueiroa atua na parte administrativa da editora Eduerj. Ele é graduado em filosofia pela UFRJ e atualmente é responsável por, entre outras funções, fazer pontes entre livrarias e a editora, cuidar da reposição dos acervos literários e ajudar na organização de eventos. Toda a parte organizativa e comercial passa por ele em algum momento, tanto da livraria física, no hall do queijo, quanto da editora em si.
Quando você começou a trabalhar na Uerj?
Entrei na faculdade em abril de 2019. Como na época a livraria ainda era recente, a gente começou descobrindo a função de cada um e desenvolvendo métodos para o funcionamento da loja. No início eu executava outras funções, mas com o tempo fui me especializando na parte administrativa, em que estou até hoje.
Qual a sua relação com a Uerj?
Eu estudei no colégio de aplicação da Uerj, então minha relação com esse nome já é de longa data. Foi até engraçado voltar a trabalhar aqui após tanto tempo, porque eu fui fazer minha graduação na UFRJ. Após o término do curso, trabalhei em uma outra livraria e depois vim para cá.
Eu acho que a Uerj é grande, tem seus problemas, como qualquer lugar tem, mas ela agrega muitas pessoas diversas, de vários lugares. Tem gente de Caxias, da Zona Sul e de muitos outros locais. É um ponto de encontro da cidade. Mesmo atuando na área administrativa, tem clientes que eu conheço. Por exemplo, um que vem muito aqui é o Leitão, professor de Letras. Ele deu aula no Cap-Uerj de portugês. Não cheguei a ser aluno dele, mas atualmente tenho essa relação com ele. O cara é uma figura, uma pessoa bem-marcante.
Explique a importância da sua função.
Falando de um ponto de vista bastante prático, a sensação de saber que um livro aqui comprado foi útil para um pesquisador, aluno ou professor nos gratifica e traz uma noção de dever cumprido. Se disponibilizamos um suporte para a formação e a atuação da comunidade da faculdade, nossa função foi bem-feita.
Eu ajudo também na reposição dos livros. Os critérios para esse processo passam por selecionar os mais vendidos, acatar as recomendações de outras editoras e de livreiros, buscar por lançamentos recentes e até um pouco do meu gosto pessoal.
Os livros teóricos de não ficção são os que mais saem e as áreas de filosofia, história e teoria literária são os mais procurados. Dos professores aqui da faculdade, teve uma época em que o professor Cláudio Cezar Henriques, um ex-docente de letras escreveu um livro para Eduerj, chamado: A Redação de Trabalhos Acadêmicos, Teoria e Prática. Ele foi um dos nossos mais vendidos em 2019 e em 2022. Atualmente não saberia dizer qual o mais procurado.
Como não temos um sistema, os interessados em publicar um livro na nossa editora vêm pessoalmente para buscar informações e apresentar os projetos. Esse interesse existe e os professores vêm aqui buscar isso. Posso estar errado, mas acredito que somente o pessoal da comunidade Uerj possa lançar um livro pela nossa editora. Inclusive, alunos também podem publicar textos aqui. Assim como no caso dos projetos do corpo docente, ele passará por uma análise do conselho editorial, para decidirmos se será ou não aprovado, baseado na qualidade e relevância do seu caráter acadêmico.
O senhor tem alguma história curiosa ligada à Uerj?
Teve uma vez em que nós estávamos aqui na livraria e houve uma briga entre alguns funcionários. Havia alguns clientes e, por acaso, eu estava no caixa neste dia. Nós sabemos que, do ponto de vista do atendimento, esse tipo de comportamento é negativo, mas aconteceu.
Eu estava no caixa tentando evitar que as pessoas percebessem a briga, mas em dado momento apareceu uma cliente no balcão com uma cara de preocupada. Ela olhou para mim e disse: ‘melhoras aí pessoal.’ Eu, sem jeito, agradeci.
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