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#PersonagemdaUerj: Sheila Regina/ Servidora vencedora do Prêmio Anísio Teixeira

Amor à Uerj e propósito de servir com qualidade à sociedade.


Por Davi Guedes e Luciano Alves


Arquivo pessoal de Sheila

Sheila com o prêmio Anísio Teixeira


Sheila Regina da Rosa de Magalhães tem 61 anos e é servidora da Uerj há 41 anos. Ela foi uma das vencedoras do Prêmio Anísio Teixeira no ano de 2023, representando o Centro Biomédico da universidade. Ele é concedido anualmente a vinte servidores da Uerj que se destacaram em suas atividades laborais no ano corrente. 


O nome do prêmio, que também nomeia outras condecorações na área da educação no país, é uma homenagem ao criador da escola pública brasileira e ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), Anísio Teixeira. Ele foi idealizador da Universidade do antigo Distrito Federal, que posteriormente deu origem à Uerj, e exerceu forte influência em toda uma geração de educadores, entre eles Darcy Ribeiro, especialmente por causa de sua defesa de uma educação integral, que almejava promover maior democratização do acesso à educação pública. Sheila afirma que o recebimento do prêmio é uma espécie de coroamento de sua carreira na universidade, instituição à qual decidiu dedicar uma vida de estudo e de trabalho.


Quando você começou a trabalhar na Uerj?


Comecei a estudar na Uerj em 1980, cursando letras, na modalidade português e inglês. Em 1982, surgiu uma oportunidade de estágio com o professor Luís Machado, no laboratório de idiomas. Já em 1983 tornei-me funcionária da instituição, como técnica administrativa, inicialmente no mesmo laboratório de idiomas, em cursos oferecidos para a comunidade, onde permaneci por dez anos. Depois, fui para o Centro de Produções da Uerj (Cepuerj), permanecendo lá por mais dez anos. Em seguida, passei pela Sub-reitoria de Extensão, onde pude coordenar o Uerj Sem Muros durante quatro anos. Em 2008, fui convidada para integrar a equipe da Policlínica Piquet Carneiro, como coordenadora de planejamento e administração. Em 2010, passei a integrar a equipe da Uezo, sendo chefe de gabinete do reitor que na época era professor da Uerj. Voltando para a universidade, surgiu um projeto no laboratório de ciências radiológicas, na equipe no LabMetro, voltado para a formação do curso de técnicos e mestres em radioterapia, tendo atuado como coordenadora pedagógica do curso neste laboratório, no qual me encontro até hoje.


Qual a sua relação com a universidade?


Minha relação com a universidade é de amor. Eu enxergo o amor no sentido comportamental, de ser proativo com o outro. Então, entendo que sou servidora da Uerj seguindo a raiz da palavra, pois sirvo à instituição fazendo o meu melhor, a fim de atender à comunidade universitária da melhor forma possível.


Qual a importância da sua função para a Uerj?


Eu atuo como analista da qualidade do laboratório de metrologia, que é um laboratório acreditado, que precisa passar por análises de competência. Essas análises envolvem verificar se os procedimentos realizados estão de acordo com as normas legais e se tudo que é feito na prática condiz com a parte descrita nos manuais do sistema de gestão da qualidade, visto que as calibrações dos equipamentos devem estar de acordo com tudo que está estabelecido nos protocolos. Eu faço a verificação in loco dos processos, sendo a responsável pela gestão das conformidades relacionadas, o que envolve também verificar a concordância dos procedimentos da equipe técnica com normas internacionais que regem a questão da calibração e ensaios.


Poderia compartilhar alguma história curiosa com a Uerj?


Na época em que estava no Cepuerj e coordenava cursos, nos anos 90, não havia quase nenhum laboratório na universidade. Mas, junto ao professor Paulo Severino, da área de odontologia, nós conseguimos, a partir dos recursos da pós-graduação, criar consultórios odontológicos, vigentes até hoje, onde estudantes têm aulas e prestam serviços à população. Foi algo fantástico, que me emociona até hoje.


Pensando em algo engraçado, também na década de 90 e ainda no Cepuerj, meu departamento congregava não apenas cursos, mas também concursos públicos. Fomos para Petrópolis em um ônibus da Uerj, com todas as provas, para a aplicação de um concurso. Já em Petrópolis, no dia do exame, o ônibus deixou de funcionar às 5h30m e tínhamos a responsabilidade de levar as provas até os locais de aplicação. Em uma padaria próxima, encontramos uma van que era do dono do estabelecimento. Sem outras alternativas, pedi para o homem emprestar o veículo, explicando toda a situação. Ele não gostava do governo local e apresentou resistência, pois achava que o concurso era alguma medida do prefeito. Com muito esforço, consegui persuadi-lo e, no fim, o padeiro concedeu-nos uma carona e, depois, virou até fã da Uerj.

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