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  • Foto do escritorMaria Victória Santiago

#PERSONAGEMDAUERJ/Moysés Mathias e Pablo Felipe: jogadores e pipoqueiros

O cheirinho da pipoca que invade a universidade é uma marca reconhecida dos atletas


Cientes da desigualdade social que começa desde a infância, os amigos Moysés Mathias e Pablo Felipe se empenham em ajudar a sua comunidade por meio de dois projetos: o Grão de Milho, que busca arrecadar dinheiro com a venda de pipoca em frente à universidade para que um segundo projeto continue ativo, o Raízes da Fronteira, que introduz crianças ao futebol. Dessa maneira, os atletas conseguem oferecer novos caminhos aos jovens da Mangueira. Com o pai pastor, Pablo sabia que podia fazer a diferença por meio do esporte, e foi assim que nasceu a iniciativa.


Quando vocês começaram a trabalhar na Uerj?

Começamos a trabalhar aqui há aproximadamente nove meses. Mas o pai do Moisés é o fundador da barraca, tem mais de 15 anos de vínculo com a Uerj, conhecendo várias pessoas, realidades e culturas distintas.


Vocês já conheciam a Uerj antes do projeto?

Conhecia superficialmente, porque somos “crias” das adjacências, da comunidade da Mangueira. A gente sempre viu do outro lado, sabíamos que é uma faculdade, lugar do conhecimento e do saber, mas nada além disso.


Como é o movimento de vocês durante o período de aula e durante as férias?

Nós nos programamos com base no calendário da faculdade. Estamos superenvolvidos com o calendário da Uerj, seja de eventos, aulas, folgas e feriados prolongados. Nós dançamos conforme a música. Durante a pandemia, sofremos mais um pouco. Nos reinventamos durante esse período.




Por que vender pipoca?

Somos atletas de futebol e temos um projeto social na comunidade da Mangueira chamado Raízes das Fronteiras. Basicamente, o sustento sai daqui, não temos fundos governamentais, a verba do programa que visa ao melhor da garotada vem desse segundo projeto chamado Grão de Milho.

Temos mais de 150 garotos jogando conosco, com histórias incríveis, meninos que conseguimos salvar da criminalidade. Ajudamos famílias com cestas básicas, e com o nosso trabalho como atletas profissionais, abrimos os olhares das crianças que podem ser futuros jogadores, estudantes, e, claro, cidadãos de bem.

Pelo nosso projeto, salvamos a garotada de seguir um caminho errado, e hoje contamos com sobreviventes que estão lá jogando. Um exemplo disso, é um menino que levou um tiro com 10 ou 11 anos. Hoje ele é um atleta de alta performance que em breve estará jogando em um grande clube em Goiás.


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1 Comment


Bruno Queiroz
Bruno Queiroz
Jan 06, 2023

Que história linda!!

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