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#PersonagemDaUerj:Larissa Corrêa/estudante de ciências sociais, criadora de conteúdo digital e apaixonada por animes e kpop

  • Foto do escritor: Comunica Uerj
    Comunica Uerj
  • 7 de out.
  • 3 min de leitura

O dia a dia uerjiano nas telas: estudante que une visibilidade LGBT+ e humor universitário nas redes sociais


Por Sara Pimentel


Reprodução: Larissa Corrêa

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Criada no bairro de Pilares, Larissa Corrêa é aluna do curso de Ciências Sociais e conquistou espaço no TikTok ao compartilhar seu cotidiano como universitária vivência enquanto uma jovem lésbica. Desde pequena, já era engajada socialmente, gostava de história e sociologia e questionava tudo ao seu redor. Nas ciências sociais, descobriu o amor pela educação e a vontade de lecionar. A paixão pelo desenho Meninas Super Poderosas Geração Z levou a jovem de 19 anos a expandir seu conteúdo para a cultura asiática. Divertida e simpática, Larissa enxerga nas redes o seu espaço para representar outras meninas lésbicas e escreve sua história com coragem, afeto e o desejo de transmitir conhecimento para as pessoas.



Quando você começou a estudar na Uerj?


Entrei em 2024.1, estou no 4º período.


Quem é Larissa Corrêa?


Estudante de ciências sociais, cria da Zona Norte do Rio de Janeiro, do bairro de Pilares, criadora de conteúdo digital, futura professora e pesquisadora.


Qual sua relação com a Uerj?


Acho que assim como a maioria dos estudantes, é uma relação de amor e ódio. Ódio por conta dos problemas da universidade que atravessam nossas vidas, um exemplo do meu curso é o fato de nós não termos currículo de licenciatura e precisarmos nos mobilizar para correr atrás disso ou pensar soluções para preencher essa lacuna na nossa formação. Apesar dos problemas e das burocracias, eu amo a Uerj. Amo as festas, os eventos acadêmicos, a comida do bandejão, os grandes amigos que fiz e as oportunidades que nunca imaginei que teria.


Você mostra a sua vida universitária, de maneira bem-humorada e divertida.

Quando e como surgiu a ideia de compartilhar seu dia a dia no Tik Tok?


Eu sempre gostei de mexer com edição quando mais nova. Eu fazia papéis de parede de celular para uma página de cultura geek no Twitter e, vez ou outra, fazia edits de animes e filmes de que eu gosto. No meu ano de caloura, foi por causa de uma trend (Eu faço [tal curso] e é claro que...), que eu comecei a postar mais sobre minha vida estudando na Uerj pois o vídeo teve um bom engajamento e as pessoas gostaram, mas eu não levava tão a sério nem postava com frequência. Depois de viver um péssimo primeiro ano de faculdade e ter enfrentado diversos problemas de saúde mental em 2024, eu decidi que este ano iria investir mais nos vídeos como uma forma de distração. Quando descobri que poderia até mesmo ganhar um dinheiro com isso, me joguei de cabeça nisso e quando fui ver, ainda era março e eu já tinha 10 mil seguidores. O que começou como uma espécie de fuga dos problemas acabou se tornando hoje minha fonte de renda extra e uma das experiências mais divertidas e malucas da minha vida.


Você debate muito sobre sexualidade e causas sociais. Como estudante de ciências sociais, como você acredita que o seu conteúdo pode acrescentar para a visibilidade lésbica dentro e fora do meio universitário?


Dentro dos estudos das ciências sociais focados em teoria feminista e vivência lésbica, existe um termo chamado "heterossexualidade compulsória". De forma extremamente resumida, é uma espécie de sistema que existe na nossa sociedade que dá centralidade aos homens e estabelece um controle sobre as mulheres, e uma das consequências disso é justamente a invisibilidade de lésbicas. Uma das maneiras de lidar com essa questão na comunidade, é consumir e priorizar conteúdos lésbicos ou feitos por lésbicas. Então, eu acredito que de certa forma, o que eu faço no TikTok tem o poder de, não só politizar e disseminar conhecimento acerca da comunidade lésbica, mas também fazer com que outras lésbicas se sintam confortáveis consigo mesmas e possam se aceitar com um pouco mais de facilidade. Eu tive poucas referências crescendo enquanto lésbica, mas as poucas que tive impactaram positivamente no meu processo de aceitação. É muito importante ter referências. Ver uma de nós obtendo sucesso, tendo destaque no que faz e sendo capaz de viver uma boa vida é reconfortante e empoderador.


Você tem alguma história curiosa ou interessante relacionada à Uerj?


Uma história que eu gosto muito de contar, é que a Uerj era um sonho que me foi passado pela minha mãe. Quando ela tinha minha idade, queria muito passar no vestibular da Uerj e era um sonho para o meu avô que ela estudasse aqui, mas infelizmente ela nunca conseguiu passar. No meu ensino médio, coloquei na minha cabeça que passaria não só por mim, mas por ela também. Gosto de pensar que foi um sonho que realizamos juntas de certa forma!


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