“4, 10, 12”; a voz do profissional que organiza a fila no hall dos elevadores
Por Davi Guedes e Luciano Alves Redator: Luciano Alves
Foto: Davi Guedes
Dionísio Guimarães, a voz do hall dos elevadores
Dionísio Pinheiro Guimarães atua na gestão organizacional dos elevadores, garantindo a ordem de estudantes e de funcionários que irão iniciar seu dia de atividades, nas filas do hall, direcionando o destino de cada um de acordo com seu andar. Sua voz é uma das que guiam os uerjianos no mundo de pessoas no corredor, com o memorável: “4, 10, 12” ou “9, 11”, sempre indicando o caminho correto.
Quando entrou na Uerj?
O começo da minha atuação na universidade foi em 1990, como ascensorista. Por volta de 2005, eu assumi o papel de gerir o funcionamento dos elevadores e, desde então, me encontro nesse exercício, tendo acompanhado a Uerj por diversas fases e gerido vários modelos de elevadores.
Qual a sua relação com a universidade?
Faculdade é a minha casa, o meu lar. Eu adoro a Uerj e sempre serei Uerj.
A afetividade pela Uerj é muito grande, um segundo lar, não só pelo tempo presente no trabalho, mas também pela relação positiva com estudantes e funcionários do campus Maracanã. As filas do hall também foram responsáveis por diversas amizades, com alunos e com funcionários. Muitas vezes a função do servidor ou o curso dos alunos que lá transitam é descoberta, dado o contato diário com todas as pessoas que passam pelo hall.
Explique a importância de sua função para o bom funcionamento da universidade.
Nessa função, o profissional é responsável não somente por organizar as filas e administrar os ascensoristas, como também gerir todo um corpo de funcionários e lidar com questões técnicas, que vão desde a troca de lâmpadas disfuncionais até fazer funcionar um elevador parado. No momento estão sendo trocados os sistemas de ventilação dos elevadores, devido ao calor do verão, com o intuito de melhorar as condições de trabalho dos ascensoristas. Restam ainda três ventiladores a serem trocados.
Você tem alguma história curiosa ligada à Uerj?
Procuro me manter reservado, porém já testemunhei diversas histórias cômicas na fila dos elevadores. Dentre elas, tem a história de Carlinhos, um ex-funcionário aposentado da Uerj, descrito como “uma figura curiosa”, que exercia a mesma função de gestor dos elevadores. Certo dia a esposa de Carlinho esteve na Uerj, cobrando dinheiro de seu marido, pois ele costumava esconder as notas em um elástico, de forma bastante específica numa parte de seu corpo. O fato é que a mulher descobriu ali o seu esconderijo e colocou Carlinhos numa situação embaraçosa no seu local de trabalho, o hall dos elevadores, sob o olhar de todos ali presentes. Esse evento foi e continua sendo motivo de zombarias com Carlinhos, por parte de vários funcionários.
Foto: Davi Guedes
Dionísio ditando o ritmo da fila
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