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#PersonagemdaUerj: Cíntia Sanmartin/Coordenadora do CAC e professora do departamento de Teoria da Comunicação

Atualizado: 4 de abr.

Por Davi Guedes e Richard Gabriel


“As pessoas criam dentro dessa universidade espaços de extrema afetividade, de descontração pelos corredores e de efervescência.” 


Foto: Richard Gabriel

Professora Cíntia Sanmartin ao lado do quadro “We Can Do it!”



Cíntia Sanmartin Fernandes é professora da Faculdade de Comunicação Social da Uerj (FCS) e coordenadora do laboratório de Comunicação, Arte e Cidade (CAC) da pós-graduação de Comunicação Social. Formada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cíntia leciona as disciplinas que abordam o conteúdo sobre Comunicação e Cultura. Ela é uma personagem reconhecida por todo décimo andar da universidade, dando aula para alunos do primeiro período e para a pós-graduação. Cíntia acompanha por toda a formação acadêmica discentes que ingressam nos cursos de Relações Públicas e Jornalismo.


Quando entrou na Uerj? 

Eu vim para Uerj em 2011 como professora visitante, trazida pelo meu querido amigo, professor Ronaldo Helal que me apresentou ao João Maia. A partir daí o departamento se interessou pela minha pesquisa. Naquele momento eu estava acabando um pós-doutorado na Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) sobre a experiência da cidade. 


O programa de pós-graduação é capaz de demandar bolsas para professores visitantes. Como ele é vinculado ao departamento de Teoria da Comunicação, os professores visitantes são convidados a dar aula para graduação. Então, foi aí que eu comecei. Depois disso, em 2013, fiz o concurso e passei em primeiro lugar para o departamento de comunicação social.


Qual a sua relação com a universidade? 


Minha relação com a Uerj é muito curiosa, eu comento isso com os meus IC 'S (bolsistas de iniciação científica). Na primeira vez que eu vim à Uerj para um evento, pensei: “Nossa coitada das pessoas que têm que vir trabalhar e estudar aqui, eu jamais vou trabalhar nessa universidade.” Como eu me formei na Unicamp e estudei depois na UFSC, os campi eram muito diferentes, cheios de verde.

Por pesquisar cidade, arquitetura urbana e a interação do corpo na cidade,  a estrutura da Uerj parecia muito rude. Porém, de repente, eu acabei aqui, muito feliz e descobri que essa construção, feita por militares em outra época, com toda essa resistência do concreto, é usada de outra forma por quem a habita. As pessoas criam dentro dessa universidade espaços de extrema afetividade, de descontração pelos corredores e de efervescência. É uma universidade rica e cheia de vida, ao contrário do que passa a sua arquitetura.


Como professora de primeiro período, o que você acha mais importante para passar para os calouros que estão entrando na faculdade? 


Liberdade de aprendizado e conhecimento. Eu acabei de dar aula para eles e falar isso, que eles tem que aproveitar e entender que a universidade é um lugar da diversidade. Foi nela que começaram as grandes revoluções de pensamento, de ideias e de comportamento. É o lugar para se experimentar, pensar, refletir e ser amante da filosofia. A universidade me ensinou, quando garota, a ser muito livre em termos de fazer a trajetória do meu conhecimento. Não ficar só na comunicação, mas ir para outras disciplinas que são ofertadas. 


É importante, porque esse é o espaço de conhecer o mundo e  é à onde você vai ter a oportunidade de dialogar numa transdisciplinaridade e de ter acesso a outros saberes, não só aqueles saberes que você aplicou. Então o que eu tento passar para eles é a liberdade do pensamento, de ação e de autonomia.


Você tem alguma história curiosa ligada à Uerj?

Acho que minhas histórias curiosas são de extensão, como por exemplo quando a gente planeja demais algo e acaba não saindo do jeito que pensamos. No nosso projeto de extensão, que foi no Morro da Providência, nós trabalhamos com um grupo que faz graffitis e propomos uma ação com lambes. Tudo programado, tudo feito, a gente tinha que dialogar com ONG internacional, ONG nacional, estava tudo pronto para ser filmado, fotografado e estamos, inclusive, fazendo um documentário sobre essa ação. Quando chegamos, começou um temporal, durante os dois dias em que tínhamos de trabalho. 


Então tudo aquilo que nós havíamos programado se desfez. Estávamos trabalhando com papel para colocar na parede junto com o pessoal. No fim, foi um dia de trabalho debaixo de chuva, mas com alegria. Nós nos penduramos no muro, tentamos salvar os lambes, que não colavam por causa da chuva. O pessoal abriu a laje para subirmos, colocaram um pagode e nós passamos lá o dia inteiro comemorando de certo modo o nosso pouco feito, mas que foi muito interessante porque o grupo trabalhou bem. Acabou sendo uma ação muito  bacana, que no fim deu certo.


Foto: Ana Carolina Amaral 

                          


              

Projeto de extensão na Providência

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