‘Eu entrei na Uerj já transformada pós-ditadura.’
Foto: Leandro Pimentel
Por Diego Figalva
Fabio Mario Iorio é professor da Faculdade de Comunicação Social da Uerj (FCS). Formado em Cinema (1976) e Jornalismo (1978) pela UFF, Fábio leciona desde 1976 e está associado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) com projetos de pesquisa e de extensão desde 1985. É um personagem de muita história dentro da faculdade e é marcante para os alunos que ingressam no curso de Jornalismo.
1. Para quem não o conhece, quem é o Fabio Mario?
Eu sou um homem, já idoso, carioca que tem muita fé e esperança na ascensão da cultura brasileira. Sonho com a originalidade da nossa nação para conduzir nossos próprios assuntos, sejam eles quais forem.
2. Há quanto tempo o senhor é professor da Uerj?
Eu já entrei na Uerj transformada pós-ditadura. Desde 1976, produzo conteúdo acadêmico e leciono desde quando me formei em Cinema pela UFF. Mas faz 16 ou 17 anos que estou vinculado a essa universidade, seja como coordenador, professor ou orientador de projetos de extensão na Faculdade de Comunicação Social (FCS).
3. Como foi a transformação da Uerj desde o tempo em que você entrou até hoje?
Eu prestei atenção na universidade mesmo não sendo daqui, acompanhava como ela tentou, quis e conseguiu resistir, de certa maneira, à ditadura mesmo sofrendo muitas transformações. E ainda mantém uma série de sequelas da ditadura na sua própria estrutura e na relação com o Estado, principalmente do pós-Brizola para cá.
4. Como foi o período da pandemia e as aulas on-line para você?
Com certeza foi bem difícil, mas todo processo comunicacional é positivo. Logicamente as aulas presenciais te dão mais oportunidades de se aproximar dos alunos porque a interação fica muito mais fluida e facilitada. Todo o conteúdo foi dado do mesmo jeito durante as aulas on-line, mas para mim o que importa mesmo é o que se aprende com a interação direta aluno-professor.
5. O que a Uerj significa para você? Ainda pretende atuar bastante tempo aqui?
Pretendo me aposentar pela Uerj, ainda faltam cinco anos. Eu admiro demais o trabalho dessa universidade. Todos os profissionais daqui, os professores, coordenadores ou servidores terceirizados estão muito empenhados em buscar o melhor para o ensino público, e também o esforço dos alunos que buscam sempre estar em movimento e progredindo sem se conformar apenas com um diploma.
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