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#PERSONAGEM DA UERJ//Raffaelli Avila: Coordenadora da UnATI

‘Eu acho que existe uma diferença própria das gerações, em que os mais velhos costumam ser, no papel de alunos, mais responsáveis e dedicados.’


Foto: Diego Figalva


Por Diego Figalva


Rafaelli Avila, 39 anos, é coordenadora do Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) da Uerj. Ela está no cargo de coordenação desde o final de 2022 e já conquistou o coração dos alunos que frequentam a universidade. É uma das figuras mais conhecidas entre o corpo discente e docente do espaço dedicado aos idosos cariocas.



1. Para você, o que é a UnATI?


Eu vou responder considerando o espaço onde eu atuo dentro da UnATI, que é o Centro de Convivência. Esse local promove saúde preventiva, formação e informação a partir de educação permanente/continuada, que é a proposta de se manter constantemente em aprendizado. Eu cheguei à Uerj em novembro do ano passado. Logo nesse início, eu assisti à apresentação das oficinas que acontece todos os anos. Foi lindo, uma tremenda aula de vida e energia. A performance me impactou muito e, desde então, eu tenho buscado aprender sobre as questões que envolvem uma universidade aberta da terceira idade. Pessoalmente percebo que levo como aprendizado o processo de envelhecimento. Embora ainda tenha 39 anos, penso muito sobre o que posso e devo fazer para cruzar esse processo de envelhecimento de forma saudável e leve.


2. Como é trabalhar com os alunos mais velhos? Quais são as diferenças para os alunos adolescentes e jovens adultos?

Eu acho que existe uma diferença própria das gerações, em que os mais velhos costumam ser, no papel de alunos, mais responsáveis e dedicados. Porém, isso não quer dizer que os daqui também não possam ser agitados e inquietos, até porque animação não falta. Sobre a segunda pergunta, eu considero muito produtivo, em espaços de aprendizado, a promoção de encontros intergeracionais. Eu estudei a juvenilização do estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e abordei a importância de promover um encontro de gerações nesses ambientes. Os jovens são muito bem-vindos para produzir ações pedagógicas no centro de convivência, já que será uma experiência produtiva para todos os envolvidos.



3. Como é o incentivo para que os idosos se mantenham motivados em permanecer estudando?


Eu estou aqui somente há seis meses. Nesse tempo, eu tenho buscado ler e me informar sobre as especificidades da atuação em uma universidade aberta da terceira idade, ao mesmo tempo em que tento escutar os idosos e trazer as atividades em que eles demonstrem interesse. Isso dá algum trabalho, porque preciso buscar parcerias ou voluntários. Não possuímos verba para contratar orientadores de oficinas e não dispomos desses funcionários. Conseguimos, há pouco tempo, teatro, violão e o trato com a memória, mas ainda é preciso de voluntários e espaço para percussão, dança do ventre e informática.


4. Quais são os cursos mais populares?


Os cursos mais populares costumam ser os de dança, música, os de atividades ligadas à internet e os relacionados à memória e à estimulação cognitiva.


5. Por que é tão importante a visibilidade para a universidade?


Atualmente, as oficinas oferecidas no centro de convivência vem de alguns programas de extensão, funcionários que acumulam suas funções laborais com o oferecimento de oficinas e, em sua grande maioria, atuação de voluntários. Sofremos com a falta de espaço e pessoal para ampliar tanto a oferta de cursos, quanto de vagas. Acho que essa visibilidade pode ajudar muito a promover as parcerias que a nossa instituição precisa, sendo muito proveitosas e somando com a proposta desenvolvida aqui.


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