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Foto do escritorJúlia Klotz

Oceanografia: o curso pouco conhecido e exclusivo da Uerj

Além de ser a única do Rio, faculdade tem projeto em defesa do meio ambiente

O vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) está chegando. No dia 4 de dezembro de 2022, será realizada uma nova prova pela qual novos calouros ingressarão no primeiro período de 2023. Em clima de vestibular, o COMUNICA resolveu prestigiar um curso exclusivo da Uerj: a graduação de Oceanografia.


Nele, o graduando estuda basicamente quatro áreas: geológica, física, química e biológica, que são os grandes pilares dos estudos dos oceanógrafos. Eles observam e pesquisam como isso tudo está ligado aos oceanos, às águas e aos fluidos. O curso também demanda muita matemática e, atualmente, os estudos estão muito voltados para a área social. A oceanografia social é uma forma de trazer todos os conhecimentos e práticas junto à população.


O oceanógrafo pode trabalhar com petróleo, embarcado, com obra marinha, conservação em parques naturais, consultoria em prefeituras e empresas e na área de educação ambiental. As áreas da maricultura e da aquacultura também têm crescido bastante, são as chamadas fazendas marinhas, nas quais são produzidas algas, peixes, moluscos, entre outros, tanto para alimentação quanto para outros fins.


Para o ex-uerjiano formado em 2020, Breno de Brito conta que sempre teve uma ligação afetiva com o mar. Por ter crescido nas margens da Baía de Guanabara, Breno já pensava em trabalhar com algo relacionado aos mares e oceanos desde novo, e, ao descobrir o curso de Oceanografia da Uerj, decidiu o que queria fazer.


Fonte: Acervo de Breno de Brito

Breno confraterniza com professores após apresentar sua monografia


Breno enfatiza que a universidade, situada no Maracanã, é a única a oferecer esse curso e que seus anos de graduação foram extremamente enriquecedores. “Estudar na Uerj me colocou em contato não só com conhecimentos diversos, mas também com pessoas diversas, de diferentes níveis sociais. Minha mente abriu muito só de andar pelos corredores da Uerj”, reitera Breno.


Desde 2017, Breno faz parte do Stand UPET, uma iniciativa criada por alunos da Uerj, que trabalha com educação ambiental através da reutilização de garrafas PET para construção de pranchas de StandUp, bodyboard e outros esportes. Em 2019, o projeto se tornou de extensão e, atualmente, um dos bolsistas é aluno de Oceanografia.


Fonte: acervo Stand UPET

Equipe do projeto Stand UPET em limpeza de praia com a turma do 4° ano da Escola Municipal Estácio de Sá.


O Stand UPET surgiu de uma greve da Uerj, quando os alunos ficaram quase um ano sem aulas, mas querendo aplicar os seus conhecimentos de alguma forma. A partir de um vídeo, os estudantes aprenderam a construir pranchas de StandUp de garrafas PET e perceberam como poderiam potencializar os aprendizados de sala de aula, principalmente junto às crianças, mostrando que as pessoas podem transformar problemas em soluções e alinhando esporte com natureza e educação ambiental.


Fonte: acervo Stand UPET

Prancha, brinquedos e materiais recicláveis utilizados pela Stand UPET.


Alunos de todos os cursos da universidade podem fazer parte do projeto, no qual o objetivo é propagar a educação socioambiental, a cultura oceânica e agroecologia. Conectar o esporte à natureza e à gestão de resíduos é outro propósito do projeto, além de reaproximar o ser humano dos corpos hídricos e da natureza em geral. Por ti motivos, atualmente, além de trabalhar com a construção de pranchas, o projeto é um coletivo que preza pelo bem-estar ambiental e pela conscientização ds crianças. “Ao fazer parte do projeto, consegui me desenvolver como pessoa, trabalhar em equipe e entender a importância das relações.”, afirma Breno.


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