Foto: Flickr/Pglomba
Por Gabriel Amaro
O gongo toca e as portas do ringue se abrem – é hora de voltar à luta. O adversário é conhecido e já enfrentado, porém, isso não torna o combate mais fácil: a volta às aulas na Uerj. Depois de um mês descansando da última batalha, lá vamos nós para outro round na arena do cotidiano. Seja você do tipo que se organiza com planilhas e cronogramas (aliás, que inveja!) ou se sempre acaba lendo aquele texto gigante de última hora no caminho até a faculdade, o que realmente importa é que queremos vencer. A estratégia fica por conta de cada um, mas todos precisamos lutar para chegar a tempo à aula, conseguir espaço no elevador (ou encarar os degraus que parecem infinitos), enfrentar a fila do bandejão, caçar um lugar na sala de aula lotada nos dias de atraso e uma infinidade de outros desafios que os alunos da Uerj conhecem muito bem. Contudo, a luta não para por aí. O esforço continua na tentativa de entender a matéria enquanto resistimos ao sono, ao desânimo e a tão frequente quanto temida vontade de desistir.
Então chegamos em casa e podemos tirar aquele sapato apertado e descansar os pés cansados. Acabou? Claro que não. Ainda temos prazos, resumos e slides. Às vezes, parece que a faculdade é um ciclo sem fim de dificuldades e obstáculos, mas, quando olhamos ao redor e vemos a dedicação dos professores e amigos de classe, não tem como não sentirmos um orgulho enorme de fazermos parte dessa luta. E, mesmo que às vezes pareça que estamos perdendo a batalha, é importante lembrar que a perseverança é a chave para enfrentar os dias difíceis. Seguimos em frente, enfrentando as multidões em elevadores, ônibus e trens, os trabalhos que parecem não ter fim e os trajetos longos com trânsito caótico para casa. No entanto, nem tudo é um mar de espinhos.
O começo do período é uma montanha-russa de emoções. Para alguns, a alegria é ter a chance de reencontrar amigos e colegas, bater papo nos corredores e compartilhar aquelas histórias engraçadas do recesso. Para outros, a felicidade vem de sentir-se cada vez mais perto do tão sonhado diploma, ou da satisfação de conseguir ingressar na Uerj. E há quem encontre alegria até mesmo nas coisas mais simples do cotidiano universitário: o cheiro do café recém-passado no intervalo da aula, a risada da turma com alguma piada ruim do professor, o ar-condicionado da biblioteca no calor carioca, as quentinhas do bandejão — a novidade do momento — ou as amizades que se formam em meio às adversidades. E, por falar em amigos, não podemos esquecer do barzinho depois das aulas, ou mesmo daquele grupo de estudos que faz toda diferença nas notas. Essas são algumas das grandes e pequenas alegrias que nos ajudam a lidar com os problemas do dia a dia e nos motivam a seguir em frente. Afinal, a vida na Uerj é muito mais do que apenas estudar. Quem nunca se surpreendeu com um projeto incrível de um professor ou com uma palestra inspiradora?
E assim, apesar de todas as dificuldades, a volta às aulas na Uerj nos ensina que perseverar é fundamental para alcançar nossos objetivos. Talvez, quando finalmente formos diplomados, poderemos olhar para trás e dizer com orgulho: “Sobrevivemos à Uerj, podemos sobreviver a qualquer coisa.” Ou talvez isso seja só um outro exagero, afinal, não podemos subestimar os desafios da vida pós-faculdade. Pelo menos podemos ter certeza de que a Uerj nos deu as ferramentas necessárias para enfrentá-los, e isso já é uma grande vitória.
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