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Não pague mico, saiba como conviver com ele

Entenda como a coabitação de micos com alunos e funcionários no bosque afeta a universidade


Por Sthefano de Souza     Redatora: Maria Eduarda Galdino e Julia Lima


A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é um verdadeiro ecossistema urbano, onde alunos, professores e funcionários convivem diariamente com uma fauna peculiar: os micos. Esses pequenos primatas da família Callitrichidae, também conhecidos como saguis, tornaram-se parte integrante do ambiente universitário, despertando tanto desafios quanto benefícios para a comunidade acadêmica.


A presença dos micos nos diversos espaços do campus Maracanã representa uma oportunidade única para os membros da universidade vivenciarem a coexistência entre vida urbana e natureza. No entanto, essa convivência nem sempre é harmoniosa. Problemas como manejo inadequado dos resíduos alimentares e danos a plantas e estruturas da universidade são frequentemente relatados, levantando preocupações sobre a preservação do patrimônio ecológico da Uerj.


Recentemente, durante entrevista com Matheus Santos, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) responsável pela organização de festividades no campus, foi destacado que a presença dos micos influenciou na escolha do local para eventos. A música alta e a circulação de pessoas poderiam representar uma ameaça aos animais, resultando em possíveis ataques.

Foto: Pixabay

Mico na árvore


No entanto, apesar dos desafios, a presença dos micos na Uerj também traz uma série de benefícios. Esses primatas contribuem para a promoção da biodiversidade local, auxiliando na dispersão de sementes e no controle de pragas. Além disso, proporcionam oportunidades únicas de observação e estudo do comportamento animal, enriquecendo o ambiente acadêmico e estimulando o interesse pela conservação da natureza.


É importante ressaltar que a questão da convivência entre humanos e micos na Uerj está inserida em um contexto mais amplo de preservação da biodiversidade e manejo de espécies exóticas. Segundo pesquisas realizadas pelo Laboratório de Ecologia de Mamíferos (Lema) da Uerj, a introdução de espécies exóticas, como os micos, representa uma ameaça ao equilíbrio dos ecossistemas e à sobrevivência de espécies nativas.                      

Foto: Sthefano de Souza

Bosque da  Uerj


Estratégias de Convivência Harmoniosa

É importante adotar medidas que visem a equilibrar a preservação ambiental e o bem-estar da comunidade universitária, garantindo uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e os micos na Uerj. Essas medidas, idealizadas pela professora Helena Bergallo, coordenadora do Laboratório de Ecologia de Mamíferos (Lema), têm por objetivo promover uma coexistência sustentável entre as duas espécies. Alguns métodos incluem:


  • Educação Ambiental: Desenvolver campanhas de conscientização sobre o valor da coexistência com a vida selvagem e da adoção de práticas sustentáveis, como o descarte adequado de resíduos alimentares; 


  • Monitoramento e Manejo: Implementar programas de monitoramento dos micos e ações de controle para evitar conflitos e minimizar os impactos negativos de sua presença no campus; 


  • Desenvolvimento de Áreas Verdes: Investir na criação e manutenção de áreas verdes adequadas para a fauna local, proporcionando habitat e recursos naturais para os micos e outras espécies; 


  • Pesquisa e Monitoramento Científico: Realizar pesquisas para melhorar a compreensão do comportamento e das necessidades dos micos na Uerj, auxiliando no desenvolvimento de políticas e métodos de conservação mais eficientes.



Ao adotar estratégias que promovam a conscientização ambiental, a comunidade universitária pode desfrutar dos benefícios da presença dos micos, enquanto contribui para a conservação e proteção do meio ambiente que os cerca.


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