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Foto do escritorGuilherme Leôncio

Motim

Atualizado: 4 de fev. de 2023

Grafite, dança e música, conheça o pub Motim

Por Guilherme Leôncio


Quais são as principais opções de cultura da comunidade “uerjiana”? Eu com certeza diria que todo mundo curte “rolezinho” no CCBB ou que se pudesse iria a lugares perto de onde mora. Essa é uma das problemáticas de estabelecer um núcleo social no qual todas as pessoas moram distantes uma das outras com somente um lugar em comum: a Uerj. 

Fonte: Catarinas/ Marcela Valente

Motim é palco de artistas novos e revolucionários

Então, reunindo algumas das coisas que mais atraem esse grupo, o Motim é um pub próximo à Uerj e oferta diversos serviços ligados à cultura popular, que pode muito ser de interesse da comunidade. Nesse espaço, acontecem intervenções artísticas como grafite de murais, performances de dança etc, é um local coletivo e seguro onde os artistas podem se encontrar para trocar experiências entre si e com o público geral. O pub acolhe indivíduos de todos os tipos, mas a sua proposta é pôr em evidência as histórias trazidas por mulheres, mães, pessoas LGBTQIAP+ e outros grupos menos ouvidos como as crianças, idosos e pessoas com deficiência. Acredito que seja importante frisar: por mais que seja aberto à diversidade, a equipe tem sua própria agenda e cada um participa do que lhe interessa; é realmente um espaço de acolhimento para todas as pessoas, tentando ir na contramão do patriarcalismo e do capitalismo que insiste em nos colocar sempre em uma disputa.


Falando em capitalismo, eu não posso deixar de falar do suporte que a equipe do Motim dá para os artistas independentes. Todo mundo sabe ou pelo menos imagina o quanto deve ser caro gravar em grandes estúdios e se apresentar em festivais de grande porte; a indústria da música é um monstro que pode engolir até mesmo os maiores artistas que existem e, pensando nisso, elas possuem um estúdio de gravação próprio e alugam seu espaço para shows e lançamentos de novos artistas.


Quando conversei com a Letícia Lety (sócia-fundadora), ela me contou que “não se mede o sucesso ou o fracasso pelo número de pessoas que te seguem, mas pelos relatos que chegam frequentemente aos seus ouvidos, de pessoas realizadas e gratas por terem feito um evento aqui, contando como tudo melhorou depois disso”.

Fonte: Diário do Rio/ Felipe Lucena

A equipe convida visitantes à conhecerem o brechó de variedades

Nesse espaço são oferecidas aulas de música e de instrumentos como violão, guitarra e bateria. Além disso, há uma variedade de eventos por lá como saraus, oficinas, sessões de filmes acompanhadas de rodas de conversa, shows e ainda tem um brechó que está sempre se renovando. Descobri que já existe um número considerável de alunos e trabalhadores da Uerj que frequentam esse lugar e mais: “Com a nossa mudança para o novo endereço, que fica a duas quadras da universidade (campus Maracanã), esse movimento deve crescer ainda mais” segundo Lety.  


O Motim foi fundado em 2016 pelas sócias Letícia Lety e Júlia Lopes de Almeida (e hoje conta com a gestão de quatro mulheres) e surgiu da necessidade de expandir suas pautas e ideais de mundo, então as duas arregaçaram as mangas e hoje se dedicam a manter vivo esse lugar tão especial.

Fonte: Diário do Rio/ Felipe Lucena

As seis sócias que comandam o Motim

Os últimos anos de funcionamento foram bem intensos. Elas estavam para finalizar as obras de reforma do espaço quando a pandemia chegou com tudo em 2020, logo vieram os lockdowns, as medidas sanitárias de segurança e meses de isolamento social. Esse poderia ter sido o fim, porém, graças à resiliência das donas e ao apoio de amigos, familiares e clientes, felizmente o Motim se encontra funcionando a todo vapor na Rua Justiniano da Rocha, 466, em Vila Isabel, durante toda a semana a partir das 19h às 23h e, em dias de evento, até às 5h.


 

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