Conheça as figuras mais conhecidas dos times cariocas de menor investimento para o Estadual de 2023
O Campeonato Carioca teve início em 12 de janeiro, e com ele separamos alguns fatos curiosos sobre as equipes de menor expressão que irão disputar o torneio. Para esta temporada, os clubes investiram em contratações pontuais e apostam na experiência dos atletas que acumulam passagens por equipes de maior projeção no cenário brasileiro. Sabemos que a realidade desses clubes é distinta do Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. A questão financeira é o principal aspecto que diverge entre eles e os clubes classificados como grandes.
Foto: Divulgação/Ferj
Higor Leite: Audax
O primeiro destaque é para o Audax, que na primeira rodada já enfrentou um adversário difícil: o Botafogo. Na partida, a equipe de Angra dos Reis (município no sudoeste do RJ) venceu por 1 x 0 com um golaço do meio campo. O autor da pintura foi Higor Leite, primo de Ricardo Izecson dos Santos Leite, vulgo Kaká. O eleito melhor do mundo em 2007 é primo de segundo grau de Higor, que celebrou o gol da vitória sobre o Botafogo na estreia. Revelado pelo Fluminense em 2012, o jogador teve passagens por Volta Redonda, Criciúma, Avaí e Goiás, nunca conseguindo se firmar em nenhuma dessas equipes. Higor Leite estava no futebol da Armênia, no Pyunik.
Além do “primo de Kaká”, a equipe fundada em São João de Meriti possui outros conhecidos pelo futebol brasileiro, como Jackson Caucaia, que teve passagens por Vasco, Fortaleza e Náutico. Há ainda Míticov, revelado no Cruzeiro, que disputou a série B do ano passado, participando da campanha do campeão.
Bruno Cosendey: Madureira
O Madureira teve uma sequência difícil neste início de disputa, enfrentando Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo. A equipe da Zona Norte do Rio ficou no empate sem gols em São Januário e também contra o rubro negro em Cariacica (jogo realizado em Espiríto Santo no estádio Kleber Andrade), tendo sido derrotado por Fluminense (1 x 0) e Botafogo (2 x 0).
No clube há um velho conhecido da torcida vascaína: Bruno Cosendey, jogador revelado nas categorias de base do clube e que passou quatro anos no Gigante da Colina. Não ganhando sequência e sendo emprestado para o Vitória de Guimarães, de Portugal, e para outras equipes brasileiras como CRB e Santo André, Cosendey estava no futebol do Vietnã, onde atuou pelo Ho Chi Minh City, um clube da cidade mais conhecida do país. Em entrevistas recentes, Bruno revela ter feito muitas amizades pelo mundo e que espera ganhar ritmo para fazer um bom campeonato carioca.
Reginaldo, Edson Cariús e Fernandes: Portuguesa-RJ
O time vice-campeão da Copa Rio 2022 foi ao mercado nesta temporada e apostou na experiência dos jogadores que passaram por grandes clubes. Reginaldo é formado em Xerém, categoria de base do Fluminense, e sua passagem de oito anos pelas Laranjeiras não deixou saudade pelas atuações abaixo do esperado. Anteriormente, o zagueiro de 30 anos estava no Botafogo da Paraíba, onde não teve seu contrato renovado e foi contratado junto à equipe da Ilha do Governador. Além desta passagem, Reginaldo jogou por Ponte Preta, Chapecoense, CRB e Vila Nova.
Para o ataque, a Lusa conta com Edson Cariús, que já jogou por equipes cearenses, como Ferroviário-CE, Fortaleza e Floresta (seu clube anterior), além do Remo (equipe paraense). O atacante de 34 anos, vindo do Verdão da Vila, foi artilheiro e campeão da Série D pelo Ferroviário em 2018, e também goleador pelo mesmo time no campeonato cearense de 2019. Dessa forma, a Lusa alimenta a sua fonte de gols para o estadual de 2023.
Além de Cariús e Reginaldo, o último destaque vai para Fernandes, que veio do Bashundhara Kings (equipe de Bangladesh). O meio campista foi revelado no Botafogo em 2015, quando conquistou a Taça Guanabara e também foi campeão da Série B pelo Alvinegro. Sua maior passagem de destaque foi pelo Atlético-GO em 2018, quando estava emprestado pela equipe de General Severiano. Fernandes estava sem clube desde fevereiro de 2022, quando seu contrato com a equipe asiática encerrou.
Matheus Alessandro e Elivelton: Boavista
Neste início de torneio a sequência de jogos do time de Leandrão não é boa, com um empate e duas derrotas, amarga a lanterna da classificação geral. A equipe comandada pelo ex-atacante (passagens por Botafogo, Vasco e também pelo Boavista) mantém suas esperanças em uma jovem revelação tricolor, Matheus Alessandro. O atacante, que já decidiu um clássico contra o Botafogo no Brasileirão de 2017, retorna após o empréstimo à Ponte Preta, depois de disputar a série B do ano passado.
A defesa conta com o Elivélton, que volta de empréstimo do Joinville e já é familiarizado com o time de Saquarema. O zagueiro de 30 anos tem seus direitos pertencentes ao Boavista desde 2017, porém a passagem dele pelo clube não é constante, passando boa parte do tempo sendo emprestado a outros times.
Caio Monteiro, Renê Júnior e Marquinhos Calazans: Bangu
Para fechar a lista de curiosidades, o Bangu foi o time que mais foi ao mercado em busca de reforços para fazer frente aos quatro grandes. A equipe do ex-jogador Felipe quer mudar o panorama de 2022, quando esteve na iminência de um rebaixamento para a segunda divisão, mas conseguiu escapar nas rodadas finais.
O time de Moça Bonita, que disputou a Série D em 2021, empatou com o Flamengo em 1 x 1, mostrando que não vai facilitar o trabalho para os concorrentes. Até o momento, o alvirrubro está invicto no Cariocão, são duas vitórias e dois empates para a equipe do “maestro” Felipe.
As contratações giram em torno de jovens talentos e uma figura de mais experiência, que Felipe já exigia desde o final de 2021. A primeira é Caio Monteiro, jogador revelado no Vasco da Gama em 2016, que é um atacante de velocidade que pretende atormentar a defesa adversária. Além de defender o cruzmaltino, Caio passou pelo Nova Venécia e Joinville, tendo temporadas apagadas nesses times..
Um rosto conhecido que chegou recentemente a Moça Bonita é Marquinhos Calazans. O atacante desembarcou este ano para jogar pelo Bangu e antes estava no futebol paranaense, no qual jogou pelo Cianorte. Calazans foi considerado uma grande promessa em Xerém, mas sua carreira, desde que subiu para o profissional, tem sido repleta de lesões, o que o impede de conseguir uma sequência sólida de jogos e acumular boas atuações. Além do Cianorte e Fluminense, o atacante teve um curto momento no São Paulo, pelo qual disputou apenas quatro jogos.
A figura de mais experiência que chega para reforçar o elenco do Alvirrubro é Renê Júnior, vindo da Chapecoense. O meio campista de 33 anos acumula passagens por Corinthians, Bahia, Santos e também pelo Guangzhou Evergrande, da China. A contratação de um jogador de mais experiência foi um pedido do Maestro ao diretor Jorge Varela. O motivo foi que o desequilíbrio emocional foi um dos algozes da campanha ruim no ano passado e, desse modo, poderia ser resolvido com a experiência de um jogador mais velho para trazer mais confiança.
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