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Inteligência Artificial na Educação

Estado de São Paulo anuncia período de testes para uso na rede pública no segundo semestre


Por: Diogo Lourival       Redatora: Sofia Molinaro


                                          

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Presidente da Microsoft, Brad Smith, em evento sobre Inteligência Artificial.“Quais profissões a IA é capaz de substituir?”



A Secretaria da Educação estadual de São Paulo anunciou planos para utilizar a Inteligência Artificial (IA) na produção de aulas da Educação Básica na rede estadual a partir do segundo semestre deste ano. Essa decisão tem gerado debates entre especialistas sobre o papel desse mecanismo na educação e seu impacto nos métodos de ensino. 


Em entrevista exclusiva ao COMUNICA, a professora da Faculdade de Comunicação Social da Uerj Raquel Lobão expressou sua opinião favorável ao uso crítico da IA em sala de aula, especialmente no ensino superior. Segundo Lobão, os estudantes do ensino superior têm mais maturidade intelectual para lidar com esse tipo de tecnologia. No entanto, afirma, tal uso deve ser feito com cautela e com acompanhamento especializado, com treinamento e orientação dos professores para que possam auxiliar os alunos no aproveitamento das ferramentas disponíveis e na interpretação dos insights gerados pela IA.

 

De acordo com Lobão, a IA pode ser uma ferramenta valiosa para otimizar processos criativos, como pesquisa e execução de projetos, proporcionando aos alunos mais tempo para focar na produção de conteúdo significativo. Ela ilustrou como o software pode auxiliar os estudantes na obtenção de informações básicas, permitindo que desenvolvam seus próprios textos a partir dessas informações. 


Ao ser questionada se há a possibilidade da IA substituir a profissão de educador, Lobão ressaltou que a ferramenta ainda não é capaz de substituir integralmente os professores, devido às limitações em compreender contextos, emoções e realizar tarefas que exigem habilidades humanas mais complexas. Ela enfatizou a necessidade da presença humana para guiar e fornecer orientações essenciais à IA. Além disso, ao discutir sobre os testes que irão ocorrer com essa tecnologia na produção de aulas, a professora destacou a importância de avaliar empiricamente os resultados e enfatizou a necessidade de acompanhamento humano para garantir a qualidade do ensino: “Eu não vejo com maus olhos os testes que serão feitos, mas eu defendo a ideia de que é imprescindível ter acompanhamento de seres humanos por trás, dando o auxílio que a IA precisa.”


No âmbito das IAs, a docente afirmou que utiliza o Chat GPT, o mais popular do meio, e que existem diversas outras ferramentas de edição de áudio, produção de conteúdo audiovisual e multimídia que poupam o tempo dos alunos e professores.


No cenário global, o uso desse software na educação já é uma realidade. Sua incorporação aos sistemas educacionais de países como Estados Unidos, China, Japão e países da Europa tem sido objeto de estudos e experimentações, evidenciando a crescente complexidade desse debate entre governos, empresas e acadêmicos. 


O uso da IA na educação não se resume apenas a automatização de tarefas, mas também envolve questões éticas, pedagógicas e sociais que demandam uma abordagem crítica para maximizar os benefícios dessa tecnologia no processo educacional, mantendo sempre o foco no desenvolvimento integral dos estudantes.

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