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Gente jovem reunida: a geração z e o engajamento político

  • Foto do escritor: Comunica Uerj
    Comunica Uerj
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura

Como as redes sociais estão impulsionando (novamente) as novas gerações a participarem de atos políticos


Por: Miguel Ferreira


Reprodução: Anna Carolina Sousa Oliveira

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Ato contra a PEC da Blindagem em Copacabana



Para além de um lugar de compartilhamento e de circulação de muito conteúdo, a geração Z, (nome para os nascidos entre 1996 e 2007) que cresceu na ascensão e na popularização das redes sociais, tem aprimorado o uso dessa ferramenta comunicativa para fazer política. Com hashtags, trends e memes, atos políticos como os de domingo (21) contra a PEC da Blindagem e anistia dos golpista do 8 de Janeiro de 2023, ganham uma nova roupagem e até novas formas de engajamento.


Desde a aprovação da urgência para votar o projeto de blindagem dos parlamentares, a agência de levantamento de dados Nexus analisou que, em menos de 24 horas, a chamada #pecdabandidagem teve aproximadamente 3 milhões de menções juntando as redes sociais Instagram, X, Facebook e Google Trends. Isso acontece devido à grande digitalização da temática política para as novas gerações, o largo alcance proporcionado pelas redes e as maneiras inusitadas e únicas de perpetuar assuntos de grande relevância como esse.


Além disso, outro fator que contribui para esse grande engajamento dos jovens é a identificação gerada com personalidades que são também engajadas e envolvidas politicamente e transformam essas pautas numa linguagem acessível para muitas pessoas. Erika Hilton (PSOL-SP), por exemplo, acumula cerca de 4 milhões de seguidores em suas várias redes sociais. Quebrando a barreira de ser a primeira mulher trans eleita deputada federal, Hilton abre espaço para ser fã de artistas como Beyoncé e Mariah Carey, além de compartilhar e consumir conteúdos muito populares para o seu público alvo. Sua gestão estratégica de imagem possibilitou o surgimento de uma “Diva Pop da política”. Seu branding de blogueira reafirma seu posicionamento e gera identificação.


Ao ser perguntada sobre a importância das redes para incentivar à participação jovem nos atos políticos, a estudante do 3º período de psicologia na Uerj, Antônia Evangelista, comentou sobre a influência dessas emergentes personalidades da internet ativamente políticas sobre si mesma: “Sigo pessoas que são ativas politicamente, que divulgam e participam dos atos, então acredito que seja uma boa de entrega de conteúdo.”


“Acredito que, assim como eu, muitos têm acesso às informações sobre esses atos por meio das redes sociais. Por isso, essas ferramentas acabam se tornando uma poderosa e eficaz forma de engajamento ", completou a estudante.


A grande quantidade de informação circulada pelas redes sociais propicia também uma maior participação dos usuários, seja fisicamente ou nas comunidades digitais. Isso demonstra a capacidade de adaptação da política, uso produtivo dos meios tecnológicos para atingir novos públicos e, assim, gerar novas discussões, reivindicações e rumo para uma sociedade constantemente em transformação.




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