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'Funk: Um grito de ousadia e liberdade' é o grande 'hit' do momento na cidade do Rio de Janeiro.

O Museu de Arte do Rio (MAR) recebe a exposição "Funk: Um grito de ousadia e liberdade" e reflete a grandeza do 'som de preto, de favelado'.


foto: Maria Beatriz Notato

Obra de Vincent Rosenblatt


Por Maria Beatriz



Através da potente e significativa curadoria compartilhada da equipe composta por Marcelo Campos, Amanda Bonan, Taísa Machado e Dom Filó, com consultoria de Deize Tigrona, Dema, Marcelo B. Groove, Tamiris Coutinho, Celly IDD, Glau Tavares, GG Albuquerque, Leo Moraes e Zulu TR, é possível experimentar ao longo dos corredores lotados do Museu de Arte do Rio (MAR) o olhar de artistas consagrados, no mundo ou na cena independente do Rio de Janeiro, sobre a vivência do funk carioca. A exposição convida a viajar de volta às raízes do movimento negro brasileiro e destaca a influência da música norte americana no que conhecemos hoje como o funk.



A identificação do público com o conteúdo da exposição ajuda a justificar a fila na sua entrada. Entre os ansiosos para experimentar o que os espera do lado de dentro do museu, estava a historiadora Yasmin Menezes, mestranda em Relações Étnico-raciais. A pesquisadora evidenciou que “ver que uma exposição de funk que valoriza a estética do favelado trazendo tanta gente para assistir a uma exposição de arte, reflete a potência do funk como manifestação artística popular preta.”


foto: Maria Beatriz Nonato

Obra: “Visão de futuro”, por Luna Bastos.


Durante a viagem às raízes do funk, a mostra evidencia a influência LGBTQIA+ e arrebata o espectador que vive a realidade do subúrbio do Rio de Janeiro com um mural inteiro dedicado à artista e representante do movimento LGBTQIA+ Lacraia, que simboliza e firma os pés na história do funk como uma de suas maiores porta-bandeiras.


foto: Maria Beatriz Nonato



A exposição passeia por uma ampla gama de estilos musicais, denota o samba como uma das raízes da música popular brasileira e reafirma o funk como um braço, não só da música do povo, mas também da resistência negra no ambiente urbano. Ao traçar seu início por um extenso mural de discos influentes no estilo, as artes de Tim Maia, Leci Brandão e Elza Soares são enaltecidas como fundamentos do funk carioca, tanto por sua contribuição musical, como também por serem exemplos de resistência preta.


foto: Maria Beatriz Nonato



O simbolismo da exibição no espaço localizado na Pequena África do Rio de janeiro denota a nobreza e a resiliência da cultura preta brasileira. Precisamente estabelecido pelas palavras da curadora Taísa Machado “Esta exposição é uma homenagem ao poder transformador da cultura popular, à criatividade inesgotável das favelas e à música que uniu gerações de cariocas."



Com depoimentos em vídeo de artistas como Valesca Popozuda e Deize Tigrona, a mostra fica em cartaz de 29 de setembro de 2023 a 24 de agosto de 2024. O horário para visitação é de 10h á 17h, de terça a domingo. O valor dos ingressos é de R$20,00 a inteira e meia entrada R$10,00. Para mais informações, acesse https://museudeartedorio.org.br/.


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