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Fechar? Aos 73 anos, a Uerj é cada vez maior!

Na última segunda-feira (04), a universidade fez aniversário e segue sendo exemplo de pioneirismo e referência em pesquisa, ensino e serviço à sociedade



foto: reprodução Uerj



Por Angelo Hernrique



Em 1950, a partir da junção das Faculdades de Direito, Ciências Econômicas, Filosofia e Ciências Médicas, surge a Uerj. Na verdade, primeiramente chamada de Universidade do Distrito Federal (UDF). Posteriormente, seu nome mudou, acompanhando as novidades políticas do país. Em 1958, passou a se chamar Universidade do Rio de Janeiro. Em 1961, com a inauguração de Brasília e a mudança da capital, passa a se chamar Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Em 1975, finalmente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a nossa Uerj.



Ao longo de 73 anos, as crises econômicas e os projetos de desmonte da educação pública, gratuita e de qualidade não foram suficientes para parar a Uerj. Pelo contrário, a universidade segue crescendo – não apenas em número de alunos, docentes e servidores, mas também em democratização do acesso ao ensino superior e serviço à sociedade, chegando a ser considerada, em 2014, a universidade brasileira com o maior número de projetos de interação com a comunidade, a chamada extensão universitária. Hoje, a Uerj conta com 1.057 projetos e 214 cursos de extensão.



Com uma história marcada por pilares como inovação e democratização de acesso, a Uerj foi a primeira universidade pública a ofertar de cursos de graduação no período noturno, possibilitando a formação de estudantes que trabalham. Em 2003, a Uerj foi, mais uma vez, pioneira, com a adoção do sistema de cotas, buscando promover a diversidade no ingresso de estudantes por meio da reserva de vagas.



Hoje, a Uerj está presente em oito municípios: além de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e São Gonçalo, a capital Rio de Janeiro – onde se localizam o campus principal, no Maracanã, e unidades externas em Botafogo, na Lapa, em São Cristóvão, Rio Comprido, São Francisco Xavier, Vila Isabel e Campo Grande, já que, desde o ano passado, a Uezo – antiga Universidade Estadual da Zona Oeste – foi incorporada à Uerj.



Em 2024, a Uerj chega a Cabo Frio, com um novo campus, oferecendo os cursos de Medicina, Geografia e Ciências Ambientais. Com cerca de 3 mil docentes e 5 mil técnicos, já com números pós-pandemia, são atendidos cerca de 38 mil alunos – quantidade que ultrapassa o número de habitantes de mais de 40 cidades fluminenses – entre mais de 80 cursos de graduação, mais de 278 cursos de pós-graduação (mestrado, doutorado e especializações) e educação básica, com os estudantes do Cap-Uerj, o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, que recebe alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.



Cientista e poliglota, Fernando Rodrigues da Silveira foi um pesquisador, professor e botânico brasileiro. Grande defensor da criação do Cap-Uerj, dedicou sua vida ao magistério e tamém atuou como botânico itinerante do Jardim Botânico do Rio.



A Uerj foi a segunda instituição universitária a ter um hospital de clínicas voltado para o ensino, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o Hupe, em Vila Isabel. Inicialmente, um centro de saúde especializado em raridades clínicas e até hoje uma referência no atendimento ambulatorial e cirúrgico gratuito e de qualidade, realizando cerca de 24 mil atendimentos por mês.



Integram a Uerj também a Policlínica Piquet Carneiro, a PPC, localizada em São Francisco Xavier e considerada, à época de sua criação, o maior ambulatório da América Latina, com ênfase em saúde preventiva e realização de mais de 11 mil atendimentos mensais, e o Hospital Universitário Reitor Hésio Cordeiro, em Cabo Frio, que se vinculará a Faculdade de Ciências Médicas, com abertura em 2024, e é um marco do compromisso da Uerj em integralizar as cidades do interior do estado, oferecendo-lhes não só cursos de graduação e pós-graduação, mas também acesso à saúde pública, gratuita e de qualidade.



As três instituições de saúde integradas à Uerj funcionam não só como laboratórios de formação universitária e prática docente, como também auxiliam no fortalecimento do SUS, o Sistema Único de Saúde.



O nome da policlínica homenageia Américo Piquet Carneiro, o médico fundador do primeiro centro de biomedicina e também criador da UnATI, a Universidade Aberta da Terceira Idade, mais um programa de sucesso da Uerj, visando a abrir as portas da universidade para promover saúde mental, bem-estar físico e sociabilidade a pessoas idosas.



Pedro Ernesto, foi prefeito do Rio de Janeiro na década de 30. Com enorme popularidade, ficou conhecido por seu apoio às escolas de samba e seus amplos investimentos em turismo para a capital do país à época, chegando a ser cogitado para a presidência. O político também dá nome ao palácio da Câmara Municipal do Rio, a uma rua na Gamboa, a uma escola municipal na Lagoa e à medalha considerada a comenda máxima do município. Hésio Cordeiro, por sua vez, foi reitor da universidade, professor do Instituto de Medicina Social da Uerj e um dos grandes entusiastas e incentivadores da criação do SUS.



A Uerj é também, sem dúvidas, uma instituição de fomento à arte e à cultura, com o Centro Cultural, que abriga a CoART – a Coordenadoria de Artes e Oficinas de Criação Artística, o Teatro Odylo Costa Filho, a Galeria Cândido Portinari, a famosa Concha Acústica e o Ecomuseu Ilha Grande, um espaço no literal fluminense, dedicado à promoção de pesquisas de apoio e preservação ao meio ambiente.



Com três restaurantes universitários que garantem refeições a preços acessíveis, auxiliando a permanência de estudantes na universidade, cerca de 10.600 bolsas (entre graduação e pós-graduação) e 26 bibliotecas, distribuídas por seus diversos campi e unidades externas, e um imenso acervo de obras físicas, versões em PDF e ebooks, a Uerj disponibiliza ainda espaços de estudo, computador com internet e muita possibilidade de produção e aquisição de conhecimento a toda a comunidade.



Segundo o Center for World University Rankings (CWUR), a Uerj segue, em 2023, entre as dez melhores universidades brasileiras, sendo a oitava colocada, por dez anos consecutivos. E, provando que seu crescimento não se dá apenas de forma quantitativa, mas também de qualidade, pela primeira vez em sua história, a Uerj chegou, em 2022, a ter quatro programas de pós-graduação com nota máxima, segundo avaliação da Capes, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, responsável pela avaliação dos cursos de pós-graduação no país. Políticas públicas, Educação, Sociologia e Saúde Coletivas foram as áreas responsáveis por mais essa vitória da Uerj.



Para saber mais sobre a Uerj, estão disponíveis um novo folheto institucional (Folheto-Institucional-Versao-Online-Opçao.pdf (uerj.br)) e um vídeo que convida todos a um passeio pela universidade (https://www.youtube.com/watch?v=tQbpGs32rqw), disponível no canal TV Uerj, do Youtube, um produto do CTE, o Centro de Tecnologia e Educação, mais um projeto de sucesso da Uerj.



Com uma trajetória que se entrelaça à vida e à obra de grandes nomes da história brasileira e mundial e convênios internacionais em mais de 30 países, a Uerj consegue ser também uma instituição que atende a sociedade, buscando suprir demandas e reduzir carências. Com 73 anos de luta, a Uerj segue resistindo, não só como um símbolo de educação pública, gratuita e de qualidade, mas, por essência e por excelência, como uma referência de saúde, ensino, cultura, pesquisa e prestação de serviço.



Parabéns, Uerj!
















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