Estudantes organizam Festival pela Palestina Livre na Uerj
- Comunica Uerj
- 16 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Corpo Universitário e convidados pedem fim da relações comerciais e militares Brasil-Israel
Por Daniel Goulart
Foto: Daniel Goulart

Faixa pedindo o rompimento das relações diplomáticas, comerciais e militares Brasil-Israel no Festival Palestina Livre
“É preciso exigir a ruptura das relações diplomáticas e militares do Brasil com Israel, relações que ajudam a massacrar o povo preto e pobre nas favelas do Brasil”, foi dessa maneira que Leandro Lanfredi, sindicalista da Petrobras, ajudou a abrir o Festival Palestina Livre. Em sua fala Leandro evidencia as trocas comerciais, sobretudo a importação de armas e softwares de inteligência testados contra palestinos para utilização nas periferias brasileiras, além da utilização da empresa em que trabalha na exportação de Petróleo cru para fábricas e para a ala militar israelense.
O Festival foi organizado pelo Coletivo Faísca Revolucionária e pelo Grupo Pão e Rosas, em solidariedade ao povo palestino, na noite da quarta-feira, dia 27/3, no portão 1 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O evento contou com atividades culturais, apresentações artísticas, show de projeções, exposição de fotos, vendas de livros e a presença de mães que perderam seus filhos para a violência do Estado.
Foto: Daniel Goulart

Apresentação artística de Azizi, cantor e compositor Afrofuturista, no Festival Palestina Livre
Ana Paula de Oliveira, mãe de Johnatha de Oliveira Lima, jovem assassinado por um policial já indiciado anteriormente por 3 homícidios, emocionou o público presente com a sua fala e exclamou “A nossa luta aqui (no Brasil) também é pela vida, a nossa luta também é pelo povo palestino, pois a gente luta por justiça, por memória e pela verdade”. Também estiveram presentes mães e pais, de ao menos 8 comunidades da cidade do Rio de Janeiro, que perderam seus filhos por meio da violência policial.
O evento conseguiu demonstrar o paralelo entre a luta por dignidade, na racista e desigual sociedade brasileira, com a luta e resistência do povo palestino frente aos massacres promovidos por Israel, com o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia.
Foto: Daniel Goulart

Arte e faixa expostos no festival com alusão às crianças vítimas da violência do Estado no Brasil e na Palestina
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