Conheça a Uerj Sats, equipe da Uerj premiada em pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Por Richard Gabriel Redator: Rafaela Pina
Foto: Equipe Sats
Equipe Uerj Sats
A Uerj Sats, equipe de satélites da Uerj, recebeu o prêmio “Power Solution Merit” na 3ª edição do CubeDesign, competição promovida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O prêmio foi concedido pelos painéis solares do grupo, que atingiram a melhor performance de carregamento de energia.
O CubeDesign é uma competição de desenvolvimento de pequenos satélites, que acontece anualmente no INPE, sediado em São José dos Campos, em São Paulo. Esse ano, a competição aconteceu entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março e foi a primeira vez que o grupo participou de uma competição exclusiva para satélites.
A equipe foi fundada em outubro de 2022 pelo presidente do Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ) da época, Igor Sato, e pelo professor Gil Pinheiro. A equipe nasceu a partir de um subsistema do GFRJ responsável pela payload, que é a carga útil do foguete. “A ideia de uma equipe só de satélites surgiu porque a gente é apaixonado pelo setor aeroespacial e foi amplamente aprovada pelos membros do GFRJ”, conta Gabriel Muniz, aluno de Engenharia Elétrica e um dos primeiros membros da equipe que atualmente ainda é vinculada ao GFRJ.
A equipe tem cerca de 20 pessoas e é multidisciplinar, sendo formada por alunos de diversos cursos da Uerj. Atualmente é dividida em 7 subsistemas: Estruturas, Controle de Atitude, Suprimento de Energia, Computador de Bordo, Missão (Payload), Telemetria e Telecomando. “Eu gosto de falar que a gente é uma grande família. Tem gente de tudo quanto é curso e nos aproximamos muito com a competição porque eram dias de muita dificuldade, virando a noite programando, trabalhando e cuidando uns dos outros”, conta Katharine Cunha, aluna de Engenharia Elétrica e líder da equipe.
O prêmio "Power Solution Merit", que a equipe ganhou, foi recebido pelo sistema de suprimento de energia que possuía um mecanismo de abertura dos painéis solares do satélite, o que fez com que o sistema de carregamento de baterias por meio dos painéis fosse o mais eficiente da competição. Para chegar a tal objetivo, o time trabalhou árduo nos meses anteriores à competição, conta Leonnardo Braga, membro da equipe e aluno de ciência da computação. “Nós ficamos as férias inteiras no laboratório nos dois meses que precederam a competição, incluindo sábados e domingos, mas foi tudo muito produtivo e a gente aprendeu muito na preparação”.
Para os membros da equipe, os projetos de extensão são uma forma de aproximar o aluno do seu campo de trabalho. Katharine conta que, ao se inscrever para a equipe, pensava em desistir do curso. “Eu estava certa que não ia mais cursar Engenharia, mas resolvi dar uma chance pra ver a parte prática. Então, eu acho que por meio desse tipo de projeto, a universidade pode alcançar pessoas que se sentem não pertencentes e merecedoras de estar aqui.”
Como próximos objetivos, a equipe pretende otimizar o processo de criação da parte física dos satélites. “A gente quer aprimorar tanto as nossas habilidades para manufaturar como também conseguir parcerias e lugares externos que possam manufaturar com a qualidade que a gente quer”, conta Daniel Kämpffe, aluno de estatística, que faz parte do subsistema de estrutura dos satélites. Além disso, o grupo pretende lançar satélites para a estratosfera. Hoje os foguetes alcançam altura máxima de 3km. A meta atual é de 30km de altitude, que será possível por meio de um balão estratosférico.
Para Daniel, o projeto mostra a capacidade da Uerj de inovação no campo científico. “O nosso projeto prova que a Uerj é capaz de criar alunos capacitados para fazer um projeto difícil que requer muitos conhecimentos em áreas diferentes e que os projetos de pesquisa podem ter um impacto muito grande na parte de desenvolvimento científico da universidade”, conta o aluno.
A equipe conta com um perfil no Instagram: @uerj.sats. Para acompanhar mais, siga a conta e fique por dentro das novidades.
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