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E o Projeto MAE?

Redes sociais da Uerj têm sido tomadas por comentários questionando sobre o projeto.

Foto: Seeduc-RJ




Por Maria Raiane de Oliveira


Ex-colaboradoras do projeto Mulheres Apoiando a Educação (MAE) reivindicam a volta da iniciativa pelas redes sociais. Criado pela Secretaria estadual de Educação (Seeduc) em conjunto com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o MAE tinha como objetivo aproximar mães de alunos das redes estaduais de ensino, com a finalidade de aumentar a frequência às aulas, diminuir a evasão escolar e minimizar os efeitos econômicos decorrentes da pandemia de Covid-19. Porém, o projeto não teve continuidade em 2023.


A contratação era temporária, com duração de até 14 meses e pagamento de uma bolsa mensal. As mulheres selecionadas auxiliavam as equipes técnico-pedagógicas e diretivas nas atividades da unidade escolar. Após encerramento do contrato, o projeto foi deixado de lado sem maiores explicações, o que resultou em diversos comentários de mães no perfil da Uerj no Instagram pedindo a volta do MAE. Para entender melhor e destacar a importância do projeto, entramos em contato com ex-colaboradoras que relataram suas experiências nas escolas e com os alunos.


“O projeto foi muito bom, infelizmente não teve continuidade este ano. Muitos alunos estão sentindo falta das mães e nós ajudamos muito. Eu mesma quando trabalhei impedi várias alunas que se mutilavam. Nem a escola e nem os responsáveis sabiam. Estou sentindo muita falta das crianças!”, conta Alcione Alves.


Natalia Oliveira reforçou o valor do projeto para o sustento de sua família e para a aproximação entre alunos, familiares e a escola. Ela relatou sua frustração com a interrupção da iniciativa: “Agora que o projeto não voltou, estou desempregada e não sei nem o que fazer. Eu estava na esperança de que o projeto voltasse, mas a cada dia que se passa a esperança vai acabando. Toda vez que encontro com alguns dos alunos eles me perguntam: ‘Tia, vocês não vão voltar não? Vocês têm que voltar logo, o colégio está tão ruim sem a presença de vocês.’ Chega doer na gente quando eles falam isso, e a gente não tem como fazer nada.”


Para a ex-colaboradora X, que pediu para não ser identificada, o projeto ajudou a reduzir a evasão escolar. Além da ajuda financeira, ofereceu acolhimento às estudantes mães: “Pena que não temos uma resposta se vai ou não continuar, porque nos foi prometido que ia continuar.”


Entramos em contato com a Reitoria da Uerj para um possível posicionamento sobre o retorno do projeto, mas até o dia 27 de março não obtivemos respostas.


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