De Pequim para a Uerj: conheça o Estudos de Mandarim YueYue, o grupo uerjiano de estudos de língua chinesa
- Comunica Uerj
- há 1 dia
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Grupo é pioneiro no ensino dessa língua e imersão em cultura chinesa na universidade
Por Sara Pimentel
Reprodução: Instagram Emy

De cartaz em cartaz feitos à mão com frases e ideogramas nos andares da Uerj, o grupo Estudos de Mandarim YueYue despertou a curiosidade dos universitários e é o primeiro grupo voltado para a China na universidade. Fundado em abril de 2023, o grupo nasceu em resposta a uma insatisfação de Letícia Pereira, fundadora e professora de mandarim, que não via nenhum projeto de graduação em Letras-Mandarim nas universidades fluminenses. A ideia chamou a atenção do professor André Bueno, que incluiu o grupo no Projeto Orientalismo Prodocência do Departamento de História Oriental da Uerj.
Os encontros acontecem todas às quartas e quinta-feiras, das 13h às 17h. As aulas utilizam materiais próprios que abarcam os três níveis de proficiência em mandarim pelo HSK, o exame oficial de proficiência em língua chinesa. Fora da sala de aula, o Emy realiza eventos extracurriculares, visitas gastronômicas a restaurantes de comida chinesa e comemorações típicas. No último dia 6, a comemoração do Festival Chinês da Lua rendeu uma parceria especial com o Restaurante Universitário da Uerj, com direito a cardápio inspirado na culinária chinesa.
Letícia, professora do EMY, é graduanda em Letras-Literatura na Uerj desde 2022. Em entrevista ao COMUNICA, a professora compartilhou uma curiosidade sobre o nome Yueyue, que é um apelido carinhoso de seu nome na língua chinesa: “Estamos vivendo em um momento político propício para o estudo do mandarim, tendo em vista os Brics e uma troca diplomática tão intensa entre os presidentes Lula e Xi Jinping. Alunos de oceanografia, física e enfermagem também têm procurado o curso. E não é apenas uma questão política, a parte cultural está atraindo muito interesse também, em virtude dos dramas chineses.”
O Emy conquistou alunos para além dos muros da Uerj: Alicia Freitas, 26, é aluna do YueYue e formada no curso de Relações Internacionais em 2024 pela UFRJ. Ela procurou o grupo para expandir seus conhecimentos sobre o oriente além da Coreia do Sul, por ser fã de K-pop. Para Alicia, o mandarim é indispensável na sua trajetória, seja como profissional de RI ou como pesquisadora de gênero e feminismo. Ela destacou que durante a sua vida acadêmica, sentiu falta da bibliografia feminina asiática: “No Brasil, temos esse gap de falta de referências, falta de pessoas que tenham proximidade cultural com esses países, principalmente a China. Pelo menos nas minhas pesquisas sobre feminismo, a gente encontra bibliografia de feminismo negro, feminismo liberal, feminismo europeu, mas nada relacionado à China. Então, o EMY representa essa oportunidade de me aproximar de autoras asiáticas que eu ainda não conheço.”
O Estudos de Mandarim YueYue funciona de portas abertas para o público interno e externo. Para ingressar no curso, é necessário se inscrever no período de inscrição de disciplinas, aberto em todo início de semestre. Para mais informações, o perfil do instagram do EMY é @emy.uerj.
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