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De olho nas obras dos estudantes do Iart

  • Foto do escritor: Comunica Uerj
    Comunica Uerj
  • há 6 horas
  • 3 min de leitura

Exposição ‘Olha Geral’ apresenta obras de 26 artistas na Galeria Gustavo Schnoor até 8 de agosto


Por Karen Teixeira


Fotos: Karen Teixeira

Banner da mostra Olha Geral na entrada da Galeria Gustavo Schnoor
Banner da mostra Olha Geral na entrada da Galeria Gustavo Schnoor

Muitos dos estudantes que passam pela fila do restaurante universitário não sabem que no andar de cima existe um local inteiramente dedicado à arte. Assim, durante uma breve caminhada pelo Coart após o almoço, a curiosidade de conhecer a galeria “secreta” da Uerj falou mais alto, me levando a conferir a exposição do momento. 


A Galeria Gustavo Schnoor sedia a exposição anual Olha Geral, que reúne criações de estudantes do Instituto de Artes da Uerj. O tema central é “Pensamento Floresta”, que propõe uma reflexão sobre as relações humanas e não humanas entre as comunidades, os ambientes e as arquiteturas. 


As obras vão desde pinturas a instalações, carregando o fator multissensorial em todo o circuito. O uso de materiais naturais como folhas e galhos unidos aos sons e projeções convidam os visitantes a uma imersão nas obras sobre relações familiares, ancestralidade, sonhos e natureza.


Por meio de um edital, que exigia o envio de uma proposta, obra e portfólio, 26 artistas dos cursos de Artes Visuais e História da Arte foram selecionados para apresentarem suas obras.


O COMUNICA conversou com duas monitoras e alunas do Iart sobre suas percepções da exposição. Aluna do 9º período de História da Arte, Raysa Santos comenta que a Galeria Gustavo Schnoor tem menos visibilidade do que a Galeria Cândido Portinari. Com cerca de 300 visitantes desde o início da exposição, em junho, a Galeria Schnoor está em segundo lugar no número de visitantes, atrás apenas da Galeria Portinari, que está com cerca de mil visitantes desde a mesma época. Um fator de influência é sua localização, que fica perto da entrada do prédio principal por onde passam centenas de pessoas por dia.


A baixa adesão de visitantes à Schnoor se dá pela localização mais escondida e também por questões de acessibilidade. Raysa conta que o elevador que leva até o Coart está quebrado faz tempo, dificultando o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 


Ao ser perguntada sobre qual das obras expostas mais chama sua atenção, logo citou Criando Vibrações da artista Andreyna Rodrigues. “Eu gosto de colorido. Também me sinto um pouco representada porque é uma mulher negra bebendo cerveja.”


Criando Vibrações, Epifania e EKO, obras da série EKO de Andreyna Rodrigues
Criando Vibrações, Epifania e EKO, obras da série EKO de Andreyna Rodrigues

Artista e aluna do bacharelado em Artes Visuais do 5º período, Andreyna Rodrigues também conversou com o COMUNICA sobre a exposição de sua obra e seu trabalho como monitora da galeria. Trabalhando no Departamento de Cultura da Uerj, o Decult, ela conta que ficou sabendo das inscrições para a edição de 2025 pelo Instagram e decidiu se inscrever. Sobre o processo de inscrição, afirmou ter sido bem tranquilo, pois era só responder a um formulário e anexar o portfólio.


Por já ter exposto suas obras no Museu da Maré e por ter tido uma boa experiência , ela decidiu se inscrever no Olha Geral. Ao ser perguntada sobre saber que muitas pessoas vão ver suas obras, ela conta que é uma sensação esquisita e que nunca foi muito boa em receber elogios, lidando melhor com as críticas. “Apesar de muitas pessoas estarem vendo, nem todos sabem como sou, então fica meio anônimo”, afirmou.


Em relação ao anonimato, ela diz que quando está no seu turno de monitora da galeria geralmente não conta para as pessoas que suas obras também estão expostas. Andreyna diz que, por ser muito tímida sobre o assunto de expor seus trabalhos, só fala sobre a sua autoria caso alguém pergunte sobre as obras.


Durante a visita na galeria, não pude deixar de me identificar com a coletânea de fotos Gestos da infância/Mãozinhas, de Gabriela Reolon e das aquarelas da série Dançadores, de Clara Mayall.


Dançadores, de Clara Mayall e Gestos da infância/Mãozinhas, de Gabriela Reolon
Dançadores, de Clara Mayall e Gestos da infância/Mãozinhas, de Gabriela Reolon

A Galeria Gustavo Schnoor funciona de segunda a sexta, das 9h às 19h, e tem entrada gratuita. Prestigiar as obras feitas com muito carinho, dedicação e estudo dos estudantes deve ser o ponto principal da visita, mas para quem precisa existe a opção de emissão de certificado.


O certificado de horas complementares de atividades culturais vem por meio de um QR Code que fica localizado na saída da exposição, ao lado da lista de presença. Ao escanear o código, um link do Google Forms é aberto para a inserção de dados básicos do visitante, como nome, matrícula, curso, data e nome da exposição que foi prestigiada.



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