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CTAC-Uerj é referência no Estado do Rio de Janeiro

Centro oferece tratamento especializado em anomalias craniofaciais e atendimento realizado por equipe multidisciplinar


Por Ana Carolina Abreu Amaral        Redatora: Beatriz Araujo


Foto: Ana Carolina Abreu Amaral

Entrada do Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais (CTAC)


Localizado no segundo andar da Policlínica Piquet Carneiro, o Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais (CTAC) é referência pela sua abordagem interdisciplinar no tratamento de distúrbios craniomaxilofaciais, com destaque no tratamento das fissuras labiopalatinas. O centro oferece uma ampla gama de serviços incluindo acompanhamento clínico, bucomaxilar, odontológico, pediátrico, neurológico, nutricional, otorrinolaringológico, fonoaudiólogo, fisioterapêutico, além de realizar procedimentos cirúrgicos e odontológicos. 


O CTAC surge no ano de 2010 quando, através de um contato com a reitoria, a responsabilidade dos atendimentos das anomalias craniofaciais foi atribuída à Uerj. E essa passagem ocorreu, progressivamente, à medida que o centro se desenvolveu, cresceu e incorporou profissionais, que foram aumentando em experiência e número.  


Inicialmente, os pacientes vinham de todo estado e em diversas faixas de idade para serem atendidos. À medida que os adultos foram sendo tratados, começou a surgir uma demanda de pacientes pediátricos, em maior número. De acordo com Ana Ludmila Paiva, fonoaudióloga do CTAC, essa transição do perfil dos pacientes impactou a abordagem dos tratamentos, antes focados principalmente em reabilitação, agora com uma ênfase maior na prevenção. 


Segundo estatísticas, para um percentual de nascidos vivos existe uma razão de nascimento com anomalia da fissura labiopalatina de 1 para 1.000 até 1 para 650. E não existem estudos sobre o aumento da incidência, o que há é uma maior informação sobre essa temática. Atualmente, os pacientes chegam para tratamento por diversos meios: encaminhamento interno da Uerj, conselhos tutelares, maternidades, demanda espontânea e, principalmente, pelo Sistema Nacional de Regulação (Sisreg). 


Raquel Rangel, mãe de Pedro, 11 anos, relata que o seu filho iniciou tratamento no CTAC há aproximadamente dois anos. Antes, ele recebia assistência médica na cidade em que mora, Campos dos Goytacazes. O deslocamento intermunicipal fica a cargo da prefeitura, mãe e filho vêm para as consultas e aguardam a primeira cirurgia de Pedro programada para junho deste ano, para fazer uma cirurgia de enxerto. 


Em entrevista, Henrique Cintra, médico e diretor clínico do CTAC, revela que trabalha com fenda labiopalatina desde a década de 80 e que, ainda hoje, se depara com casos de adultos de 60 anos de idade que nunca foram tratados nos estados do Norte e do Nordeste, por exemplo. Ele explica que existe uma cronologia em que o indivíduo que nasce com fissura labiopalatina precisa ser operado entre 3 e 18 meses de vida, sendo em torno de 3 a 5 meses a cirurgia de fenda labial e, posteriormente, entre 12 e 18 meses, a cirurgia de reconstrução do céu da boca, conhecido como palato. E para isso acontecer dentro da cronologia, é preciso que haja uma boa estrutura com espaço cirúrgico, equipe, salas, anestesistas, e tudo isso a Uerj propicia.


Foto: Reprodução  site pessoal.

Médico Henrique Cintra 


“Tudo que está dentro do escopo de ação do CTAC é realizado, não é só a fissura labiopalatina. Então se faz praticamente todo o espectro de reconstrução e de reabilitação de pacientes que tenham alguma alteração de ordem congênita no segmento craniofacial”


O CTAC recebe verba repassada da Secretaria Estadual de Saúde para a Uerj, que é responsável pelo pagamento dos funcionários através da folha de pagamento. No entanto, existe um desafio em suprir a questão material, pois muitos materiais essenciais não estão previstos na tabela do SUS, como aqueles utilizados para procedimentos de fixação esquelética, aplicação de aparelhos e implantes dentários. Para contornar esse déficit material e instrumental, a Oscip (Organização Social de Interesse Público) chamada Apac, Associação dos Amigos dos Portadores de Anomalias Craniofaciais capta recursos extraordinários, visando a equipar melhor os ambulatórios e a equipe cirúrgica. Além disso, com esse recurso é possível complementar os salários quando a folha já está no limite.


O CTAC é fundamental na formação de profissionais especializados. No centro, há um programa de residência complementar a residência básica, de cirurgia plástica, e os profissionais saem capacitados a suprir a demanda dos casos de anomalias craniofaciais. Hoje, o Brasil é considerado um centro de excelência da América Latina e um polo de formação de opinião em relação a protocolo de tratamentos. 


E na perspectiva a longo prazo, os profissionais entrevistados acreditam que o caminho é o governo reconhecer a importância do CTAC e investir mais nesse projeto, principalmente com concursos e contratações definitivas de profissionais capacitados. 


O agendamento de atendimento pode ser realizado por diferentes canais de comunicação. Os pacientes podem marcar consultas por meio do SISREG, por telefone ou enviando um e-mail. O CTAC está localizado na Av. Marechal Rondon, 381, no bairro São Francisco Xavier, Rio de Janeiro. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.


Informações:

Telefone: 2566-7027

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