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Com centenas de produções nacionais inéditas e prestigiados filmes internacionais, 27ª edição do Festival do Rio acontece até 12 de outubro

  • Foto do escritor: Comunica Uerj
    Comunica Uerj
  • 7 de out.
  • 4 min de leitura

Comunica Uerj conversa com Dominique Valansi, responsável pelo planejamento e produção de conteúdo do evento

Por: Pedro Câmara


Durante uma semana, todo ano, a cidade do Rio de Janeiro respira cinema. Em 2025, o Festival do Rio apresenta 298 filmes, entre longas, curtas e documentários, 900 sessões e uma expectativa de público em torno de 140 mil espectadores. O festival foi fundado em 1999, em uma fusão entre dois eventos que já marcaram presença na cidade na década de 80 - o Rio Cine Festival e a Mostra Banco Nacional de Cinema. Já em sua primeira edição, com cerca de 400 títulos, trouxe produções de figuras renomadas do cinema nacional, como Carlos Reichenbach e Eduardo Coutinho. Seu prêmio principal é o Troféu Cristo Redentor, entregue nas mostras de filmes nacionais, por decisão de um júri formado por profissionais de diferentes áreas do cinema desde 2003.



Reprodução: arquivo/ Art Rio

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Dominique Valansi, produtora do evento

.Ao falar sobre sua história com o festival, Dominique Valansi, que tem um vasto currículo em diversas áreas ligadas à comunicação desde sua terceira edição em 2001, atuando como palestrante e mediadora no MAM e no Art Rio, relata a sua alegria ao entrar nas portas do Copacabana Palace, sede do festival naquele ano, e contatar não só as pessoas que fazem os filmes, como também com diversos diretores que sonhava em conhecer. Ao relembrar suas memórias e visando ao que virá nos próximos dias, a jornalista fala sobre a importância de um cinema quase secular como o Odeon ser a sede onde acontecem as principais cerimônias do festival e enfatiza a colaboração na conservação daquela sala.

As 22 salas que fazem parte do evento contemplam as mais diferentes áreas da cidade, indo do Complexo do Alemão à Gávea, abarcando museus, centros culturais e cinemas de rua. Os ingressos podem ser adquiridos no site ingresso.com, por valores a partir de r$ 16 . Além disso, existem os pacotes de 4 e 8 entradas que custam entre r$52 e r$96, respectivamente.

O festival sempre teve a presença de artistas nacionais de peso, especialmente Antônio Pitanga, mas também já contou com diversos nomes internacionais como Luca Guadagnino, Agnès Varda, Samuel L. Jackson e Willem Dafoe que vieram apresentar seus filmes em terras brasileiras. Este ano, o festival terá a presença de Juliette Binoche, atriz francesa e presidente do júri do Festival de Cannes 2025, que apresenta sua primeira direção em longa com In L In Motion e Bill Kramer, CEO da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar. Dominique diz que a direção do festival tem um olhar bem amplo para a escolha dos filmes e presenças internacionais, que normalmente são combinadas com as produtoras e distribuidoras, além de ser para o público uma grande oportunidade de vê-los.

O festival contará com filmes que possuem alta expectativa, tanto nacional quanto internacionalmente. Dos filmes nacionais, Agente Secreto, filme vencedor do prêmio de melhor ator e diretor no Festival de Cannes 2025 e representante do Brasil no Oscar de 2026; e Quarto do Pânico, um suspense estrelado por Ísis Valverde e Marco Pigossi. Outros filmes que entram na lista: Nada a Fazer, de Leandra Leal, e Sexa de Glória Pires, ambas também estreando como diretoras, e Pequenas Criaturas, protagonizado por Carolina Dieckmmann. Entre os filmes internacionais, a entrevistada disse ter altas expectativas nos filmes: The After Hunt de Luca Guadagnino, La Grazia de Paolo Sorrentino e declarou seu amor à mostra Itinerários Únicos, por ter a oportunidade de ver documentos biográficos de figuras conhecidas, e recomenda One to One: John & Yoko. Além dos Itinerários Únicos o festival apresenta diversas outras amostras como a Première Brasil, Novos Rumos, Panorama Internacional, documentários dentre outros.


O festival apresenta cinema para todos os gostos, passando por uma variedade infinita de modelos cinematográficos os quais muitas vezes nem sequer chegam ao ciclo comercial padrão das salas da sétima arte. O fato de atualmente contemplar uma maior área da cidade, se expandindo por Santa Teresa e Museu do Amanhã, além de oferecer sessões gratuitas mescladas com preços populares permite que a população tenha acesso e possa adquirir o capital cultural possibilitado por uma programação vasta, capaz de modificar imaginários e de fazer conhecer novas perspectivas.

Ao falar sobre a vivência de estar nas salas de cinema durante este período do ano, Dominique coloca as sessões como uma experiência coletiva e única de estar na presença das pessoas que fizeram o filme. Também aponta o festival como ponto crucial na formação de público e promove a visibilidade possibilitada pela exposição no festival, podendo fazer com que o filme consiga distribuidora ou patrocínio através do Rio Market, braço comercial do Festival do Rio.

Ela aponta ainda a importância dos voluntários na construção do evento e reconhece o auxílio mútuo ao proporcionar um caminho de formação intelectual e profissional para o jovem. Ao ser perguntada sobre a conquista de novos públicos na sua área, a jornalista afirma que o festival busca novos públicos esse ano na área de comunicação, terá uma agência só fazendo TikTok, e ressalta o desafio de levar novas gerações super digitalizadas ao cinema.


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