Políticas recentes aumentam a pressão sobre o Restaurante Universitário do campus Maracanã, que luta para atender a alta demanda.
Por: Alice Rodrigues e Nicole Galvão
Foto: Diretoria de comunicação da UERJ
Após o corte em diversos auxílios, mudanças no critério de concessão de bolsas e a implementação da tarifa zero para cotistas, medidas da AEDA 038/24 (conhecida como “AEDA da Fome”), a situação do bandejão da UERJ se agravou nos últimos meses. A alta demanda por refeições resultou no aumento significativo das filas e na quantidade insuficiente de comida. Os estudantes se veem diante de um dilema: assistir às aulas ou se alimentar.
Relatos anônimos compartilhados no perfil do Instagram @ocupareitoriauerj expõem o cenário enfrentado pelos alunos, que chegam a passar mal depois da longa espera de 2h na fila para conseguir comer. A reclamação dos universitários evidencia a insuficiência de espaço e de capacidade do restaurante em suprir a demanda necessária.
Em uma nota enviada ao jornal Band News Rio, no dia 3 de outubro de 2024, a universidade afirmou estar buscando soluções, além da inauguração da expansão do restaurante universitário, para diminuir o tempo de espera nas filas. A instituição também apontou que “celebra o fato de que a ação cumpre o objetivo de trazer mais estudantes para o convívio universitário no campus.”
Depois de enfrentar longas filas, os alunos ainda podem se decepcionar ao não encontrar o que foi prometido. Com o aumento da demanda, a estimativa acerca da quantidade necessária de alimentos para o número previsto de frequentadores se mostrou insuficiente em algumas situações. Na última semana, por exemplo, a opção de filé suíno acabou antes do previsto e precisou ser substituída por carne moída. Resta, portanto, aos discentes, a esperança de que as soluções prometidas sejam postas em prática a fim de garantir o bem estar de toda a comunidade uerjiana.
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