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Auxílios da Uerj

Estudantes passam mês de abril sem bolsas e trabalhadores vislumbram perda de auxílios


Por Daniel Goulart         Redator: Matheus Araújo


Com o significativo aumento no percentual de estudantes e trabalhadores da Uerj que recebem auxílios e bolsas verificados entre os anos de 2021 e 2023, a pressão para que o orçamento da universidade seja mais robusto e previsível tornou-se premente. No entanto, verifica-se o contrário: têm sido frequente atrasos nos repasses do governo à instituição, o que torna a rotina daqueles que dependem dos auxílios e bolsas mais instável e precária. Segundo a reitora Gulnar Azevedo em fala no último Conselho Universitário (Consun), o orçamento necessário para a Uerj no ano de 2024 seria por volta de R$4 bilhões, mas o projeto aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro só disponibilizou R$1,6 bilhão.


               Foto: Daniel Goulart 

Parte superior convoca comunidade acadêmica para debater possível greve. Abaixo, cartazes denunciam empresa responsável pela contratação de terceirizados da Uerj e convoca campanha para recomposição salarial dos professores.


Durante participação em sessão do Conselho Universitário, Cássia Gonçalves relatou que os técnicos-administrativos enfrentam um atraso de 2 meses no pagamento do auxílio-saúde e de 1 mês do auxílio-educação. Esses auxílios passaram a fazer parte da renda dos trabalhadores em agosto de 2023, para a aplicação da isonomia entre os trabalhadores que vieram da Uezo (Universidade Estadual da Zona Oeste), que tinham direito ao auxílio antes da fusão, e os servidores da Uerj. Os auxílios de forma conjunta podem somar até R$3 mil mensais, apesar de ainda receberem em caráter indenizatório e não estarem anexados à remuneração dos servidores.


A situação dos estudantes não foi diferente durante todo o mês de abril, e muitos se encontraram sem o auxílio-transporte de R$300 mensais, além da iminente perda da Bolsa Apoio à Vulnerabilidade Social (BAVs) por parte dos discentes que já a tenham recebido nos últimos 24 meses, tempo insuficiente para o término de qualquer curso da universidade. A BAVS corresponde à metade de um salário-mínimo (706 reais), constituindo política pública fundamental para garantir a permanência de estudantes de baixa renda na universidade.


                                                               Foto: Daniel Goulart 

Lambe próximo ao Restaurante Universitário convoca para debate sobre a continuidade do BAVs


Em nota disponibilizada no dia 8 de maio, a reitoria se comprometeu a pagar todas as bolsas estudantis, docentes, de técnicos administrativos, residentes e o salário dos professores substitutos e visitantes até 14 de maio. Todavia, os auxílios conquistados na incorporação da Uezo para técnicos e professores só voltarão à normalidade após a listagem no contracheque.


Entendendo a urgência da situação, a Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj) e o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Rio de Janeiro (Sintuperj) vêm promovendo atividades visando a mobilizar a comunidade acadêmica pela incorporação dos auxílios no contracheque, além de promover campanha voltada à recomposição salarial. Segundo estudos produzidos pelos sindicatos, as perdas acumuladas giram em torno de R$80 a R$171 mil reais para os trabalhadores da Uerj nos últimos 10 anos.                                     


                


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