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  • Foto do escritorGuilherme Leôncio

Além do estigma: festas universitárias não se resumem à alcool

Atualizado: 4 de fev. de 2023

Apesar de resumidas à alcool e drogas, as festas universitárias exibem outra faceta, a integração da comunidade acadêmica

As festas universitárias animam o cotidiano cansativo da vida acadêmica e antecipam o fim de semana dos alunos. Com o retorno presencial, fez-se necessária a realização de eventos que pudessem diluir parte da tensão da vida acadêmica após o período de isolamento social.

Fonte: Charles Fernandes

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As festas, para além de diversão, se apresentam como momentos de socialização dos estudantes. Organizados pelas atléticas de cada curso, os eventos também são oportunidades de integração com o ambiente acadêmico, fazem parte do trote dos calouros e ainda movimentam o comércio ao redor dos campi.


Existem ainda as festas que acontecem em espaços privados. Nestes casos a logística muda completamente: geralmente são contratados mais de um DJ, o consumo de bebidas é open bar e o evento começa no final da noite e vai até de manhã. Enquanto isso, as festas realizadas na própria Uerj seguem o horário de funcionamento do campus.


O Numauerj, que aconteceu no último dia 28, reuniu todo o pessoal de comunicação social para a recepção dos novos calouros de jornalismo e relações públicas. A festa, assim como o trote, teve como tema o álbum de pagode da cantora Ludmilla, chamado “Numanice”.


Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, não somente os encontros dos estudantes foram suspensos pelas medidas sanitárias para conter a transmissão da doença, como também toda a vida universitária presencial. Levaram-se praticamente dois anos e meio para que pudesse ocorrer esse reencontro tão esperado e, agora, com a comunidade amplamente imunizada, os eventos puderam voltar com força total.


Porém, esse tempo de reclusão deixou inseguranças. Felipe Missiba, graduando de biologia, relata que logo após o retorno, ainda se sentia “um pouco nervoso”, e por estes serem “um dos primeiros contatos com aglomerações”. “Mas, ao longo das festas que fizemos, essa questão do nervosismo foi melhorando”, disse Missiba.

Fonte: Charles Fernandes

Alunos de diferentes cursos e faculdades curtem festa juntos

Sempre embaladas por muito funk e música pop, é nessas festas que os estudantes podem extravasar, seja dançando, beijando, curtindo o momento com os amigos ou simplesmente bebendo. Nesse sentido, alunos relatam que, nos primeiros meses após o retorno presencial, ainda não tinham se readequado aos eventos e percebiam um consumo exagerado de bebidas alcoólicas, tendo em vista toda a excitação gerada pelo retorno presencial das atividades. Casos de vômitos, enjoos e PTs (ou perda total, como são chamados os desmaios por conta do consumo excessivo de álcool) tornaram-se muito mais frequentes nas festas universitárias.


Contudo, de pouco a pouco, a comunidade reaprendeu. As festas universitárias têm o objetivo de conectar pessoas de cursos e períodos diferentes. Esse intercâmbio extrapola os limites do evento e acaba se tornando uma tradição uerjiana. Portanto, todos sabem que às quintas-feiras tem samba na Praça Maracanã e nas sextas todos marcam presença para o famoso "isoporzinho". Enriquecendo assim, a experiência do aluno fora do campus universitário.

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