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Alimentação na Uerj: ultraprocessados são presentes na vida de estudantes

  • Foto do escritor: Comunica Uerj
    Comunica Uerj
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

Por: Clara Hanewald


Foto: Clara Hanewald


Os alimentos ultraprocessados fazem parte da vida acadêmica. Afinal, eles são de fácil acesso, práticos e mais baratos, o que facilita o dia a dia de um estudante atarefado. O conceito de alimentos ultraprocessados foi proposto por pesquisadores brasileiros da Universidade de São Paulo em 2009, e são aqueles que passam por uma série de processos industriais, e contêm substâncias artificiais. Produtos como refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo são exemplos de ultraprocessados. 


Alunos contaram ao COMUNICA UERJ que acabam comprando lanches nas cantinas da universidade por motivos de praticidade. Os lanches oferecidos, em sua grande maioria, são industrializados. A presença de alimentos naturais existe, mas muitos acham caros, escassos ou então mal sabem de sua existência. Os alunos acreditam que mais opções naturais deveriam ser vendidas nas cantinas do campus, ainda mais por que muitos sentem dificuldade em trazer comida de casa.


Foto: Clara Hanewald


Thamiris do Amaral Roxo Pereira é mestre e doutoranda em nutrição pela Uerj. Sua pesquisa é voltada para os alimentos ultraprocessados e a associação com transtornos alimentares. Em entrevista para o COMUNICA UERJ, Thamiris diz que é preciso se programar e planejar sua alimentação. Com a vida universitária agitada, fica difícil manter esse planejamento.


Por isso, Thamiris afirma que o padrão alimentar da pessoa tem mais impacto do que apenas um alimento ultraprocessado. Ou seja, se você lanchar um alimento ultraprocessado, mas durante o resto do dia a sua alimentação for balanceada, esse industrial não vai ter tanto impacto negativo. 


Escolher melhor as opções de  alimentos também é uma boa estratégia. Uma comida processada, porém com uma teor maior de proteína pode ser considerada uma opção que trará mais saciedade. Olhar a lista de ingredientes também ajuda a fazer escolhas melhores. “Quanto mais ingredientes desconhecidos, daqueles difíceis de se pronunciar, mais processado um alimento foi”, alerta Thamiris.


É importante ressaltar que existem muitos fatores externos que podem influenciar os padrões alimentares de uma pessoa. A falta de tempo, situação financeira ou emocional são aspectos que causam grande impacto na alimentação de uma pessoa. Por isso, não se deve se sentir culpado por sua alimentação. É um assunto muito delicado ainda e é preciso sensibilidade ao discutir o tema.


A alimentação dos estudantes deve ser balanceada, trazer saciedade, principalmente visto que uma boa alimentação é crucial para o foco e o desempenho nos estudos. Porém, é preciso admitir que a presença de ultraprocessados é real, e é muito difícil fugir deles. Por isso, esses alimentos não devem ser julgados, mas sim inseridos em um contexto da alimentação de um aluno, para garantir que o seu físico e mental se mantenham saudáveis.


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