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Foto do escritorComunica Uerj

A história da Arena Ping-Pong

Ascensão e queda de um dos lugares mais queridos entre os alunos da Uerj


foto: Pedro Paixão

A entrada da Arena Ping-Pong, na sala 8023A. Atualmente trancada, outrora muito frequentada.


Por Pedro Paixão



A Arena Ping-Pong deixa saudades nos corações uerjianos. Antes um espaço de confraternização e querida por toda a Uerj, a sala 8023A era o único lugar em que os alunos podiam jogar tênis de mesa na faculdade (sem ligações com as atléticas). Atualmente, é apenas uma sala que vive trancada e vazia, desde que sua mesa foi quebrada no dia 8/12/2022. Na época, os autores do fato (que permanecem anônimos) deixaram como explicação apenas um bilhete colado na porta, onde lia-se: ‘’Foi mal.’’



O ato mexeu com uma comunidade que engloba alunos de vários cursos, que até hoje alimentam as expectativas pelo retorno da Arena. Com isso, a Coluna de Esportes do COMUNICA foi entender o tamanho do vácuo deixado nos corações dos órfãos do tênis de mesa, que perderam sua sala e seu jogo. Conversamos com ex-frequentadores e colegas do Centro Acadêmico da Faculdade de Administração e Finanças (Cafaf), responsáveis pela administração da sala, que falaram bastante sobre o passado, o presente e o futuro de um dos lugares mais queridos da Uerj. Iniciaremos nossa série de duas matérias falando sobre a história dessa sala tão amada, para depois abordarmos sua importância e seu futuro na continuação.



Uma breve história da Arena Ping-Pong


André Raí é figura histórica da Uerj e do Centro Acadêmico da Faculdade de Administração e Finanças (Cafaf). Ex-aluno e recém-formado no último período, fez parte da administração do Cafaf desde 2014, atuando como presidente entre os períodos 2020.1 e 2022.1. Com seu conhecimento e uma memória bastante precisa, não havia ninguém melhor para conversar sobre a história da sala.



Raí conversou bastante com a reportagem, e nos contou que a história da Arena Ping-Pong data pelo menos de 2015. Na época, os professores da FAF tinham salas próprias ao longo do Bloco A do oitavo andar, o que acabou quando a direção da faculdade criou uma única para todos os docentes. A vacância de alguns desses espaços levou o Cafaf a negociar sua administração, propondo aos diretores a criação de áreas de convivência entre os alunos, algo que foi prontamente aceito e autorizado. Pronto! Nascia aí uma nova grande história da Uerj.



A princípio, a sala 8023A recebeu uma mesa de totó logo após sua criação, e o sucesso foi imediato entre os alunos, que a batizaram de Arena Totó. O Cafaf organizava alguns torneios, visando à arrecadação de fundos para a manutenção e reformas do material, ou mesmo para a compra de novos bens de uso coletivo (como a televisão e o sofá que existem até hoje na sede do centro acadêmico). No entanto, o uso constante inevitavelmente causava muito desgaste, e as reformas contínuas ficaram inviáveis, o que levou ao fim do totó em 2017. Mesmo assim, a sala continuou aberta e bastante frequentada pelos alunos.



Tudo mudou no período 2018.2, quando a Arena Totó se tornou a Arena Ping-Pong. Na época, a mãe de um aluno da FAF trabalhava em um colégio que precisava se desfazer de uma mesa de pingue-pongue, e surgiu a possibilidade da doação para o Cafaf. A novidade foi imediatamente recebida com muita empolgação, embora os problemas tenham sido parecidos com os do totó: o novo material já chegou muito utilizado, e o uso constante o desgastou ainda mais. Em 2020, antes da pandemia, a situação já estava bem deteriorada. No período 2021.2, quando as aulas retornam em modo híbrido, a mesa volta a ser utilizada mesmo em péssimas condições, e é nesse momento que o Cafaf sente a necessidade de renovar o material.



Em 2022.1 começou a grande mudança após a chegada da nova mesa. A história da aquisição é muito parecida com a primeira, e também veio de um colégio em que a mãe de uma aluna trabalhava. A grande diferença estava na qualidade, como diz Raí: “A mesa estava ótima, não estava quebrada e nem empenada. Mesmo sendo usada, estava em bom estado’’. Esse foi o grande ponto de virada da Arena Ping-Pong, e é a partir desse momento que a sala se torna tão popular.



Depois da ascensão, a queda


A nova mesa atraiu mais alunos, e toda uma comunidade se criou em torno da Arena Ping-Pong. No entanto, o sonho acabou em menos de um ano, quando o material foi quebrado em um acidente de jogo. Atualmente, o lugar encontra-se trancado e seus antigos frequentadores exilados, sem jogo e sem sala. São os verdadeiros órfãos do tênis de mesa.

Na sequência da série, a Coluna de Esportes trará ao público as histórias destas pessoas e suas expectativas pelo retorno da sala. Será que vale a pena sonhar de novo?


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