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30 ANOS SEM SENNA: OS ÓRFÃOS DE UM HERÓI

Geração nascida após a morte do ídolo brasileiro busca resgatar lembranças para se inspirar no esporte



Por Nuno Melo     Redatora: Camille Mello



Foto: Agência Brasil/ Acervo

Luto de 3 décadas: estátua de Ayrton, que fica na fatídica curva em Ímola (ITA), recebeu homenagens no último 1 de maio



“Quando a gente fala de ter o Senna como ídolo, muitas pessoas contestam, dizendo que eu nem o vi correr.Mas elas ignoram o impacto que o Ayrton teve na vida das pessoas, do povo brasileiro.” A afirmação é de Victor Ludgero (32), é famoso por falar sobre automobilismo nas redes. Com mais de 500 mil inscritos em seu canal do YouTube, o carioca ajudou a criar uma comunidade de apaixonados por Fórmula 1 na internet, tendo como referência seu ídolo “no esporte e na vida” — mesmo sem nunca ter visto uma corrida de Ayrton Senna ao vivo. “Quando o Senna faleceu, eu tinha uns 2 anos de idade, não vi, mas cresci ouvindo do meu pai as histórias das corridas”, acrescenta Ludgero.


O influenciador faz parte de uma geração que não testemunhou o fenômeno Senna: da rápida ascensão na F1 até consagrar-se tricampeão, Ayrton, em pouco tempo, se tornou um herói nacional. Episódios como a vitória no Grande Prêmio do Brasil de 1991, a rivalidade com seu companheiro de equipe Alain Prost e as voltas impressionantes em Mônaco ajudaram a moldar o imaginário de muitos brasileiros sobre o nome de Ayrton Senna, nas transmissões matinais dos domingos de Fórmula 1. Um legado que segue impactante mesmo 30 anos após o acidente que o vitimou, no GP de San Marino, em 1994. Os chamados “órfãos de Senna” se inspiram em vídeos e em relatos de pessoas que acompanharam a trajetória do piloto, para conhecer melhor o esporte ou até mesmo trilhar o caminho do ídolo. 


É o caso de Gustavo Lima (17), que representa o Brasil na F-Renault Alps, categoria de entrada do automobilismo europeu para jovens que sonham em chegar à Fórmula 1. Nascido em Brasília, ele destaca o interesse dos estrangeiros pelo tricampeão, e relata sua devoção ao piloto contando como faz para conhecer mais sobre a carreira de Senna. “Já vi o filme dele 12 vezes, tenho alguns livros e gosto bastante de ver os vídeos na internet, inclusive os de entrevistas”, diz o jovem piloto, que se inspira, para além das pistas, “na dedicação do Ayrton e amor pelo que fazia”.


Foto: Instagram/ Reprodução

“Já vi o filme dele 12 vezes”: Gustavo se inspira em ídolo brasileiro na sua prodígio carreira


Na Europa há dois anos, Gustavo Lima também ressalta o interesse dos jovens pilotos estrangeiros na história do ídolo brasileiro. “Existe um fascínio muito grande por ele aqui na Europa, muitos querem saber qual é a sensação de ser do mesmo país de Senna.” Ele é, ainda hoje, o último brasileiro campeão da Fórmula 1, e serve de parâmetro em muitas decisões da incipiente jornada de Gustavo no esporte. “Tenho muito orgulho de tê-lo como referência na minha carreira, espero conseguir chegar perto daquilo que ele representa.”


A relevância do tricampeão se mostra viva até hoje — e tem crescido. Com novos arquivos sendo disponibilizados em formato de documentários e séries, como Senna (2024), com previsão de estreia ainda neste ano pela Netflix, a memória e o legado de um dos maiores nomes do esporte mundial estarão sempre manifestados dentro e fora das pistas, para todas as gerações.

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1 Comment


Felipe
Felipe
Jun 15

Eu não sei muito sobre ele mas eu acho ele um cara incrível, ele conseguiu ser ídolo em país que os ídolos normalmente são jogadores de futebol(principalmente se ganhou uma copa do mundo)

Edited
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