Foto: Pixabay
Por Diego Cury
Diferentes atentados a escolas deixaram vítimas e chocaram o país nos últimos meses. Normalmente cometidos por adolescentes, esses ataques são motivados principalmente pela exposição a conteúdos neonazistas na internet, além de estimulados por vários grupos que idolatram assassinos e chacinas anteriores. Um crime motiva o próximo, com a falta de controle dos pais e a internet agravando ainda mais a situação.
Com a recente onda de atentados a escolas no país, começaram a circular nas redes sociais diversas supostas ameaças, inclusive em universidades. Imagens com conteúdo nazista escrito em espelhos e quadros, áudios e conversas de WhatsApp passaram a ser massivamente compartilhados, mesmo sem comprovação de veracidade. Esses boatos criaram um clima de terror que afetou, inclusive, alguns grupos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A produção de conteúdo falso sobre ameaças de atentados tem como intuito causar pânico. Através do medo, os grupos de extrema direita ganham ainda mais visibilidade e novos adeptos. Vale relembrar que, não só a criação de conteúdo infundado sobre ataques, como também o seu compartilhamento, são considerados crimes, com penas que variam de 15 dias até seis meses de prisão.
A disseminação dessas notícias falsas também causou problemas na Uerj. Muitos alunos deixaram de comparecer às aulas na universidade ao longo da semana por medo. A repercussão foi tanta que levou a direção da Faculdade de Comunicação Social (FCS) a se posicionar, afirmando que a universidade reforçou a segurança e que não há riscos aos estudantes e aos docentes.
Jamais compartilhe conteúdos sobre assuntos de tamanha importância e com potencial para causar pânico e alerta desnecessário sem ter a total certeza de sua autenticidade. Ao compartilhá-los, automaticamente, se concede aos grupos extremistas exatamente o que querem: exposição e imposição de seus ideais através do terror.
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