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Educação para quem precisa

Projeto Letra Jovem da FFP-Uerj completa 10 anos oferecendo educação para grupos em vulnerabilidade social


Por Everton Victor           Redatora Letícia Santana


O projeto Letra Jovem, da Faculdade de Formação de Professores (FFP-Uerj), completou 10 anos de existência. Ao longo desse período, cerca de 1.000 estudantes, entre crianças, jovens e adultos foram impactados com a iniciativa, que é coordenada por Márcia Lisboa, professora da instituição. O projeto é estruturado em torno de aulas de língua portuguesa guiadas pela visão freiriana - visão baseada nas ideias de Paulo Freire - de ensinar, humanizando e incluindo as vivências dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.


Foto: Reprodução Uerj

Estudantes do Projeto Letra Jovem


A iniciativa, que teve início em 2014, conta com a participação de professores, bolsistas e voluntários que semanalmente ministram aulas para grupos egressos do sistema prisional, ou que estão cumprindo medidas protetivas, além de jovens em situação de vulnerabilidade e risco social. Os conteúdos das aulas variam de acordo com as necessidades dos alunos, incluindo alfabetização, interpretação de texto, técnicas de redação e literatura. 


Ainda que a educação seja direito universal previsto na Constituição, quase 25% dos detentos não concluíram o ensino fundamental, ao passo que 52,27% não cursaram o Ensino Médio, de acordo com dados apurados pelo Conselho Nacional De Justiça (CNJ) em 2019. Ainda segundo essa pesquisa, cerca de 600 mil pessoas estão abrigadas no sistema prisional brasileiro. 


A cooperação firmada com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) foi determinante para o sucesso do projeto. Iniciativas como o “Estudar para qualificar”, por exemplo, garantem a oferta de oficinas de Língua Portuguesa. 


A atuação também ocorre em outros espaços, como no CIEP Rosendo Rica Marcos, em São Gonçalo, bairro onde se localiza a FFP/Uerj. Desde 2016, o projeto oferece duas aulas semanais para turmas do primeiro ao quinto ano do fundamental. Ao todo já são cerca de 300 crianças inseridas no Letra Jovem.


No documentário Todas as Línguas”, que conta a história do projeto, a coordenadora Márcia Lisboa explica que a iniciativa é estruturada visando à maior humanização do processo de ensino-aprendizagem: “Paulo Freire usa essa expressão Tirar as luvas, é pensar os saberes e a construção de conhecimento a partir de uma responsabilidade com o todo da sociedade”, reforça a professora. 


As aulas são organizadas em torno de memes, charges, crônicas, reportagens incorporando as vivências dos estudantes. “É baseada no tema, não só no texto, mas no conjunto de outras coisas que estão acontecendo na sala de aula com aquele sujeito envolvido. Eles têm direito à educação, e esse direito passa pelo acesso”, explica. O documentário está disponível no YouTube.


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