Elevador Fashion: nos corredores da FCS, qual curso comunica melhor seu estilo?
- Comunica Uerj
- 18 de jun.
- 3 min de leitura
Nesta edição, O COMUNICA investiga próprio quintal e rixa fashion entre estudantes de Jornalismo e de Relações Públicas
Por Carolina Coutinho
Fotos: Carolina Coutinho

Comentar sobre as roupas de terceiros é algo que muita gente faz e gosta, mas, às vezes, é importante se olhar no espelho e tecer algumas autocríticas e reflexões. Por isso, o Elevador Fashion desta semana parou no 10º andar, lar do COMUNICA e da Faculdade de Comunicação Social (FCS), para investigar o estilo daqueles que produzem o conteúdo que a comunidade acadêmica consome.
Dentro da FCS, há uma rixa antiga entre estudantes de Jornalismo e de Relações Públicas. Quem sabe mais? Quem escreve melhor? Quem tem mais oportunidades no mercado de trabalho? Todas essas questões são encaradas como uma competição saudável, mas elas não serão respondidas nesta coluna. Para o Elevador Fashion, a pergunta que não quer calar é: qual curso se veste melhor?
Observando o andar, a colunista percebeu uma proximidade da FCS com o lado artístico e criativo, não apenas pelas disciplinas que envolvem técnicas de fotografia, produção narrativa e audiovisual, mas também no modo de se vestir. Descansando na sala do Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos), foi possível reparar a diversidade de looks daqueles que iam e vinham.
No 10º andar, não há limitações: são usadas desde roupas vintage garimpadas em brechós até incansáveis camisas de time (customizadas ou não). De todos os cursos analisados nessa série, Jornalismo e RP parecem ser os que mais concentram alunos que esbanjam identidade e personalidade, transmitindo seu estilo pessoal de forma única. Por isso, é difícil rotular e generalizar esses dois cursos com um único estilo, pois cada estudante coloca um pouco de suas peculiaridades nos seus looks.
Do ponto de vista do estudante de Jornalismo João Otávio Alves, o estilo mais básico e esportivo é comum nos dois cursos, mas, ainda assim, observa, entre seus colegas de curso, “muita gente estilosa trazendo peças diferentes e composições que fogem do básico.” Ou seja, para a maioria dos alunos “ser fashion” não é sobre as peças de roupa individualmente, mas sobre a forma com a qual se compõem esses elementos.
Contudo, João Otávio faz uma ressalva sobre a diversidade de estilo da FCS: “Me parece pouco durável. No que diz respeito ao exercício da profissão, existe um padrão masculino [de vestimenta]: sapatênis, calça jeans e camisa polo ou de botão, na área profissional do jornalismo.”
Porém, é interessante ressaltar que os estudantes de RP não enxergam o estilo dos futuros jornalistas da mesma forma. “O curso de RP está muito ligado a imagem pública e, consequentemente, como os outros lhe enxergam, por isso sinto uma certa insegurança no visual dos alunos. Já o Jornalismo quebra mais esse padrão por, justamente, estar denunciando / reportando uma realidade”, comentou a graduanda de Relações Públicas Júlia Oliveira sobre o estilo dos concorrentes.
Júlia levou em consideração um lado mais criativo e livre do jornalismo, não apenas o estereótipo de vestimenta padronizada associada ao jornalismo televisivo. Já sobre seu próprio curso, Júlia observou: “Considero que o pessoal de RP se veste mais formalmente, dentro dos padrões gerais de moda atuais, sem muita liberdade para se expressar.” Essa percepção decorre do ambiente corporativo e organizacional no qual os profissionais de Relações Públicas são inseridos após formados.
Um ponto que pode justificar a maior preocupação dos estudantes da FCS com o visual, segundo Júlia, é o fato de sempre terem que lidar com a possibilidade de a própria imagem se tornar pública. “Sempre estamos gravando vídeos e cobrindo eventos pela Uerj”, destacou.
Assim, a colunista concluiu que, enquanto alguns se preparam para as adaptações que terão de ser feitas de seu estilo pessoal, devido à entrada no mercado de trabalho, a maioria da FCS ainda aproveita a ausência de dress codes para se posicionar visualmente, com originalidade e personalidade. Afinal, como disse Júlia, “[Aqui] cada um expressa o que gosta e de onde veio através das roupas.”
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